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Channel: Personalidades – Go'Where Luxo
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Maria Paula: o Rio é minha praia

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Pela graça, comportamento, espírito, falar e humor ela é a cara do Rio, onde se fixou há 18 anos, cria os filhos e desenha a estratégia de uma nova fase profissional pós Casseta & Planeta

Por Hélio Carneiro

Foto Tatiana Almeida

 

Os cassetas fazem falta a Maria Paula?

Depois de 17 anos fazendo Casseta & Planeta estou dando uma descansada na minha imagem da TV. Foram anos maravilhosos, continuamos uma grande família, mas estou precisando de um tempo fora da telinha para o público se acostumar com a imagem da Maria Paula independente dos Cassetas.

 

E que nova Maria Paula é essa?

No fim do ano passado lancei meu livro Liberdade Crônica, e estou concentrada em sua divulgação. Tenho feito palestras em todo o Brasil sobre os temas que discuto na obra, como superação, mudanças na vida e na carreira, criação de filhos. Assuntos que interessam a todo mundo.

 

Liberdade Crônica é um livro de autoajuda?

Nem pensar. É uma reflexão sobre as coisas que pintam no cotidiano de todo mundo, e inspirador na medida em que conto um pouco de tudo de incrível que aconteceu comigo. O livro visa ser um estímulo. Sou muito alegre e sempre encarei os desafios de forma muito positiva e pra cima. Isso com certeza facilitou meu sucesso e me ajudou nas horas difíceis. Então, sua leitura é sem dúvida um estímulo. Mas não tenho receita nenhuma para dar a ninguém. Liberdade Crônica me permite dar uma atenção especial ao meu lado psicóloga.

 

Leia a entrevista completa na Go’Where Rio n° 8


Caio Castro: ele é top!

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Ele tem apenas 23 anos, mas já está no time dos grandes astros da Rede Globo. Destaque na novela Fina Estampa, Caio Castro provou que é muito mais do que um rostinho bonito na televisão. Sim, ele tem talento de sobra e pique para chegar cada vez mais longe

 

Por Cibele Carbone

Fotos Marcelo Correa

Styling Ana Hora

Assistente Giulia Hora

Hair / Make Regiane Celye

Numa manhã ensolarada do verão carioca, a equipe de produção da Go’Where Rio combinou de levar o ator Caio Castro, nascido em São Paulo, para a Praia do Diabo, no Arpoador, e fazer as fotos para a capa desta edição, retratando o life style que está acostumado a ter na Cidade Maravilhosa. O mesmo já foi feito com diversas celebridades do alto escalão da dramaturgia, homens e mulheres. Mas com Caio foi diferente! Passados cerca de 20 minutos do início do ensaio fotográfico, eis que surge – do nada – um grupo de fãs alucinadas em busca de um autógrafo do astro. Situação normal, quando se trata de fazer fotos ao ar livre com um galã da novela das nove. Mas a coisa não parou por aí… Quando nos demos conta, Caio estava rodeado por garota de todas as idades, ensandecidas, querendo tocar nele, num pedaço de sua roupa… Nossos seguranças precisaram entrar em ação e cercar a área para que o trabalho tivesse continuidade. Afinal, eram mais de 100 pessoas tentando aquilo que somente nossa reportagem conseguiria mais adiante: bater um papo com o galã e fazer algumas fotos, tudo em um clima bem descontraído. O resultado dessa conversa você confere agora!

Há quanto tempo você está morando no Rio?

Já faz quatro anos. Eu me mudei pra cá quando comecei a trabalhar em Malhação. No início, a Globo me deixava hospedado num hotel na Barra da Tijuca, por ser mais perto dos estúdios de gravação. Depois, ao decidir me mudar para meu apartamento, acabei optando por ficar na Barra mesmo, pois já estava acostumado com a região e também porque boa parte dos meus amigos moram por aqui.

Você foi morar sozinho muito novo. Como foi segurar essa barra?

Toda adaptação é mais complicada no começo. Mas o que pesou de verdade pra mim foi a distância da família, que mora toda em São Paulo. Eu sou muito ligado a eles, mas tive de aprender a me acostumar em não tê-los ao lado o tempo todo… Também tive de aprender a me virar sozinho. A resolver as questões práticas da casa. Hoje em dia já está mais tranquilo, meu irmão está morando comigo. E eu também tenho uma estrutura mais organizada, uma funcionária que me ajuda todos os dias com as tarefas da casa, que deixa tudo arrumadinho para gente. É uma força e tanto!

Tem algum hábito que adquiriu aqui no Rio?

Eu não malhava em São Paulo e aqui comecei a me exercitar. Quando vivi o Edgar, na novela Tititi, eu tive de ganhar mais massa muscular para incorporar um cara de 30 anos. Sempre que posso, procuro malhar. Outra coisa que tento fazer aqui é correr na praia, mas está difícil achar tempo.

Leia a matéria completa na Go’Where Rio n° 9

Patricia Kogut – Nota dez para essa garota de Ipanema!

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Ela é a colunista de TV mais importante do País. Há 17 anos no jornal O Globo e dona de um dos blogs com maior índice de visitação, a jornalista é temida por muitos atores e querida pelos verdadeiros talentos da TV brasileira. Ela dá 10 ou 0, diariamente, para o que gostou e reprovou na telinha. Criada na Zona Sul e apaixonada por Ipanema, a repórter tem uma história de amor com o Rio. Confira suas notas e impressões acerca das mudanças que têm ocorrido na cidade

Por Julia Evangelista

Fotos Sherolin Santos

Onde você passou sua infância?

Nasci em Copacabana, morei no Posto 5 até cinco anos. Depois, nos mudamos para o Leblon e, quando fiz nove anos, minha família se estabeleceu em Ipanema, que na época não tinha nada a ver com aquele polo de bares e restaurantes de hoje. Antigamente, a rua era um lugar calmo, quase não passava carro. Eu andava de bicicleta e skate em frente ao meu prédio. Era muito tranquilo, eu adorava. Então, criei raízes em Ipanema.

E você nunca mais saiu do bairro?

Aos 23 anos saí. Fui para o Jardim Botânico, onde morei por dez anos. Lá tive minhas filhas – Alice, hoje com 20 anos e Sofia, com 18 – e vivi uma época maravilhosa naquele lugar. O Jardim Botânico tem um silêncio e u ritmo peculiares. Até hoje, quando passo por uma daquelas ruas e sinto o cheiro de planta, me transporto para uma fase boa, quando virei mãe. Depois morei no Leblon por um curto período, mas não me adaptei. Quer dizer, eu gostava, mas sentia falta do calor humano de Ipanema, da confusão, do comércio, sabe? Muita gente prefere o Leblon, por ser mais elegante, mas eu elejo Ipanema com todas as suas imperfeições.

Do que você mais gosta em Ipanema?

Eu adoro a facilidade que o bairro traz, a variedade de lojas, as galerias pequenas, aconchegantes. Gosto da familiaridade, de conhecer o padeiro há anos, de frequentar a Casa Reis, onde eu comprava material escolar pra mim e hoje compro para minhas filhas. Acho o bairro democrático, animado e divertido. Aqui você encontra de tudo, desde um sapateiro que está ali há anos até grifes caríssimas internacionais. Isso é a cara do Rio!

Leia a matéria completa na Go’Where Rio n° 9

Sylvia Martins – casada com o Rio

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Ex-mulher de Richard Gere e viúva do milionário armador grego Constantine Niarchos, Sylvia Martins é gaúcha de Bagé, mora em Nova York, mas tem uma relação de paixão com o Rio. E foi no seu amplo apartamento, debruçado sobre as pedras do Arpoador, que a artista plástica traçou um roteiro impecável para quem visita a cidade

Por Marcia Disitzer

Fotos Pedro Scliar

Make Irajá Carneiro

 

Saí de Bagé muito nova direto para o Rio. Meus pais moravam num estância e era natural ir para outro estado estudar num internato. Caí de amores pelo Rio e pelo mar”, conta ela, que se formou em Comunicação pela Facha e, antes de investir na carreira de pintora e conquistar o mundo, trabalhou como modelo. Quando vem à cidade, Sylvia – que já morou em Londres e tinha o costume, na época de seu casamento com Constantine, de passar o fim de semana entre Holanda, França e Espanha – é adepta de programas saudáveis e culturais. Apesar de ter instalado um ateliê sobre o mar em seu apartamento, ela deixa as telas de lado quando está na Cidade Maravilhosa. “Como vou pintar com esse mar na minha frente?”, questiona. “E olha que fiz de tudo, mas é simplesmente impossível. Essa luz toda me assusta, cada pôr do sol é um fenômeno diferente. Chega uma hora em que sonho com meu estúdio em Nova York”, confessa. Um dia carioca de Sylvia Martins começa assim: “De manhã respondo a e-mails, dou telefonemas de trabalho, faço contatos, etc. Às 2 da tarde, paro tudo para nadar na Praia do Arpoador”, conta ela, que aprecia, como boa gaúcha que é, um churrasco de qualidade. “Vou muito ao Esplanada Grill, em Ipanema. Sou meio old fashion, gosto de restaurantes tradicionais e lá é imbatível”, elogia. Já o Ten Kai é o seu eleito quando o assunto é comida japonesa. “É tradicional, mas com clima carioca e tudo muito fresco”, observa.

 

Leia a matéria completa na Go’Where Rio nº 9

A Provocadora

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Mônica Waldvogel é uma jornalista privilegiada por ter espaço na televisão para expor suas opiniões, seja em um programa jornalístico, no Entre Aspas, seja em um programa de entretenimento, no Saia Justa. Mas, nos dois casos, ela adora provocar discussões

Por Leonardo Millen

Mônica Waldvogel é uma das jornalistas e apresentadoras da TV brasileira com maior prestígio e credibilidade. Ela começou na extinta TV Manchete, em 1983, mas construiu sua reputação na Rede Globo, na virada dos anos 80 e começo dos 90, quando os jornalistas especializados em política e economia, como ela, cobriram sucessivamente a histórica elaboração da Constituição brasileira, as primeiras eleições presidenciais com voto direto depois de 1960, impeachment e os mirabolantes planos econômicos. Na Globo, onde ficou até 2001, apresentou Jornal da Globo,Bom Dia São Paulo e o Jornal Hoje. Em seguida, foi para a TV Record apresentar o Fala Brasil. Em 2004, foi para o SBT para fazer o programa de entrevistas Dois a Um. Em 2003, voltou à Globo para integrar o time de âncoras doJornal das Dez, no canal Globonews. Atualmente, Mônica é apresentadora de dois programas: o Saia Justa, no GNT, e o Entre Aspas, na Globonews. Ela recebeu Go’Where em seu agradável apartamento em Higienópolis. Fora das câmeras, Monica passa a imagem de uma pessoa preocupada com os caminhos do mundo moderno e com as questões que afligem o ser humano. Uma provocadora de reflexões e discussões. No bom sentido…

Um programa de entrevistas, outro de variedades, exigem posturas distintas. Qual é sua praia?

O jornalista é uma pessoa que vai passando por terrenos que lhe interessam. A gente não se lança a um assunto verticalmente. Minha praia sempre foi a reportagem. Fiz de tudo, de cultura a rebelião em presídio. É lógico que, em Brasília, eu cobria economia e política. Ainda assim, lidando com o Congresso, eu acompanhava muitos assuntos. E ia deslizando até chegar ao tema.

Como entrevistadora, você conheceu muitos expoentes da ‘inteligência’ brasileira. É um privilégio?

Conheci muitos especialistas. O jornalismo nada mais é do que isso: entrevistar quem realmente tem a dizer sobre determinado assunto ou o protagonista do fato. No Entre Aspas, nossa reportagem é o entrevistado. E achar o cara certo, que tenha disponibilidade de vir ao programa naquele dia. É complicado e, por isso, desafiador. Mas você tem razão. É um privilégio poder questionar e interagir com quem tem algo a dizer. Você aprende. Vai montando o seu próprio repertório.

Você tem um papel de ‘maestro’ da entrevista. Isso influencia o rumo dos comentários?

Nem tanto. Meu papel é mais de facilitadora do debate. A minha opinião transparece, o que é inevitável num programa que é uma conversa. Mas ela existe também para ser quebrada. Tem sempre alguém que sabe mais que a gente. Sempre. Sou aberta suficiente para aprender e acusar o golpe quando tenho minhas certezas postas em xeque.

O Saia Justa, que é um programa de variedades, é mais relax…

Lá eu me exponho mais, apresento as minhas ideias. Eu tenho esse espaço. Mas também lá me vejo como uma facilitadora da conversa.

Parece que vocês encontraram uma fórmula para mesclar uma pessoa mais ‘cabeça’, com uma ‘descompromissada’, ou mais ‘descolada’…

Compor o elenco do Saia Justa não é fácil. É um trabalho conjunto meu com a produção. Eu não sou obrigada a aceitar ninguém por força da direção. Todo mundo sabe que para entrar no programa precisa ter duas ou três habilidades como essas… Elas se ‘repetem’ mesmo. Mas quando a pessoa chega, a gente pensa que ela é uma coisa e às vezes ela no surpreende. Fazemos experiências- piloto, com os novos participantes, para ver se eles se sentem bem naquele grupo, se navegam bem entre vários assuntos… É bastante duro sustentar 52 programa por ano. Quatro diferentes temas por bloco. Tem que ser uma pessoa ligada.

Você também tem de lidar o tempo inteiro com egos inflados. Esse lado B do programa é ainda mais fascinante?

Essa é a proposta do programa. As opiniões precisam entrar em confronto. Não é um seminário. É um programa de entretenimento, com opinião. É claro que quanto mais os ‘eu acho’ são embasados, diferentes, originais, mais ‘saia justa’ eles são.

Você se sente mais feliz fazendo o Entre Aspas ou o Saia Justa?

É difícil dizer. Fiquei um período curto fazendo só o Saia Justa e senti falta de lidar com a matéria jornalística. Sinto necessidade de me conectar com os fatos e de lidar com eles. Por outro lado, a experiência no Saia Justa foi fundamental para que eu rompesse a barreira da jornalista aparentemente neutra e colocar para fora minhas opiniões e experiências que colecionei ao longo dos tempos. Isso me ajudou no jornalismo também: me deu um jogo de cintura que eu não tinha antes. Fiquei mais à vontade nas entrevistas, mais segura a respeito do que eu sei e posso fazer. Hoje não sei mais qual é a Mônica do jornalismo e a Mônica do Saia Justa. No começo no Saia Justa eu era muito presa, cuidadosa, com medo de que, dependendo do tema que era discutido, isso iria comprometer o meu relacionamento com os entrevistados ‘jornalísticos’. Depois eu vi que isso não acontecia de maneira nenhuma. As pessoas continuavam a me dar entrevistas normalmente.

Depois de tantos anos de jornalismo, você já virou uma grife em termos de credibilidade?

Comecei em 1983. Estou há muito tempo fazendo jornalismo. O tempo em Brasília também foi muito rico porque peguei um período extraordinário. Cheguei lá em 1987, na Constituinte. A primeira eleição direta para presidente. Viajei com candidatos e presidentes pelo Brasil todo, para o exterior… Acompanhei o impeachment, os planos econômicos, a estabilização do Real… Foi uma experiência muito rica.

Que conclusões você tira como espectadora privilegiada desse período tão rico de nossa história?

São várias. Para a minha experiência jornalística, a principal é que a gente precisa constantemente rever conceitos. Você vê um político discursando, defendo ideias, passa a respeitá-lo, mas ao vê-lo em ação você fica muito desapontado. E o contrário também. Você acha que aquele político é ‘do mal’, da direita… Lá, nota que é uma pessoa que age corretamente, que também tem idéias positivas para o País. Ou seja: você muda sua visão maniqueísta. Esquerda é do bem e direita é do mal. Na verdade, pessoas são do bem ou do mal. Partidos também, dependendo do tema discutido. Outra grande conclusão: quem vem de São Paulo tende a achar que sabe tudo… E em Brasília o País vira um caleidoscópio. Você se reposiciona, enxerga sua região e seu meio cultural com outros olhos. É absurda a quantidade de preconceitos que temos em relação a coisas que a gente não conhece. É preciso abrir a cabeça. Isso é muito rico para mim, como jornalista. Como pessoa, também – para que eu não tenha ideias vã.

Isso não é “puxar a brasa para a sua sardinha”?

Mas isso sempre tem! E é legítimo! A Câmara é uma casa de representante de grupos. A bancada ruralista, o ‘centrão’, os evangélicos, os professores, os sindicalistas, os comunistas, o MST, as mulheres… É isso que se espera do Congresso. Que ele seja uma casa que representa os diversos grupos da sociedade.

Aquela coisa nababesca do Congresso, com milhares de assessores sem função nenhuma… Isso mexe com você?

Claro! Eu me incomodo muito com isso. Mas quando cheguei a Brasília, era um momento especial, quando todas as inteligências e partidos políticos estavam reunidos para formatar a nova Constituição. Era um Congresso como nunca mais houve. Havia boas lideranças no centro, na direita, na esquerda, negociando, tentando conciliar posições e fazer o melhor.

Hoje ainda é assim?

Não. As regras foram pervertidas de tal forma que viraram uma grande lambança. Um exemplo é nosso sistema eleitoral. O coeficiente eleitoral – algo pensado para tentar garantir a representatividade – foi totalmente deturpado. Um partido contrata uma ‘estrela’ que puxa eleitor e leva para o Congresso gente que teve 500 votos. A responsabilidade é da regra? É do eleitor? Não. É desse partido, que usa a regra para se beneficiar. Que um partido tenha um Paulo Maluf, um José Dirceu, que são políticos e estão representando um ideal partidário, tudo bem. Agora, contratar ‘estrelas’ completamente fora do meio político, sem nenhum compromisso com a política, para puxar votos e carregar uma porção de gente para o Congresso, isso é deturpação. Essa estrela só quer saber de tirar o dele. A representatividade está em crise. E esses mesmos partidos querem fazer a reforma política. Daí você se pergunta: e agora? Se eles fizerem uma nova regra vai ser pior ainda. Dá até medo…

O jornalismo político discute isso ou se restringe ao dia a dia do Congresso?

Acho que ele faz as duas coisas. Mas se as pessoas não se interessam, não fazem a ligação entre os esquemas pervertidos na política e sua vida, como cidadãos, elas vão ter que esperar que alguém, um dia, faça uma ‘primavera’ no Planalto Central e diga “Chega!” O desgaste desse esquema baseado na troca de favores, na troca de votos, não pode durar para sempre. A gente trai a vocação do Brasil, que é de ser um país pujante e importante no cenário mundial. Vai haver um momento em que as pessoas vão dizer: agora parou!

Não vejo os mais jovens interessados na política.

E quem pode se interessar por uma coisa tão rasa como a negociação e o debate político atual no Brasil? As ideias, que importam, não estão em debate. Eles contrabandeiam falsas opiniões. O Código Florestal, por exemplo, que era uma grande questão nacional, foi discutido de uma forma tão dispersa, com ataques tão baixos, que você acaba achando que ninguém tem razão. Quando você faz um código que manda preservar tantos por cento da mata nativa da fazenda, isso vale tanto para o ‘filho da mãe’ que tem umas terras virgens nos confins de Rondônia quanto para o plantador de maçã de Santa Catarina que está há 100 anos na atividade. É justo ele derrubar as macieiras dele para reflorestar suas terras ou a lei deve permitir que ele continue na atividade? Essa mistificação toda é que fez com que coisas extremamente importantes deixassem de ser discutidas. O plantador de maçã tem todo direito de opinar sobre o Código Florestal que o afeta quanto o ecologista, que quer preservar a floresta intocada porque nossa vocação é ser dono de floresta, não plantador de alimentos. São duas visões de País. Qualquer debate no Brasil é estridente, antiquado, as posições são distantes e a conciliação é sempre por sacanagem, por roubo, por compra. A descrença na política é tão grande que, seja o ambientalista, o plantador de maçã ou o desmatador, ninguém acredita que o Congresso esteja fazendo o novo Código para o bem. Esse é o malefício de você perder completamente a confiança no Poder Legislativo.

Qual seria o papel da imprensa nesse caso?

De esclarecimento e de provocar o debate de alto nível. Mas aconteceu uma coisa interessante no meu programa sobre o novo Código. Os entrevistados não sustentam diante dos outros aquilo que advogam. Diante da ONG dele ou do seu público, ele é radical e defende um ponto de vista muitas vezes contrário ao que ele concordou no programa.

Você tem liberdade para escolher as pautas e as pessoas que você vai entrevistar?

Total. Nunca me impuseram um tema, uma opinião ou um entrevistado. Na Globonews, hoje, eu tenho a prerrogativa da experiência. Há três anos que estou lá. É um programa ao vivo e o que falar está falado. E a pauta é sempre o assunto do momento. No dia em que morreu o Kadafi, a pauta foi a morte do Kadafi e suas implicações. No dia em que divulgaram que mamografia não ajudava as mulheres, eu fiz um programa: “Mamografia – vale ou não vale?”

Que papel têm as redes sociais na pauta?

As pessoas acompanham, criticam, mandam opiniões… Mas não me preocupo muito com isso. Ou não faço o programa! Hoje tem muita patrulha. Um pessoal articulado. Não posso me deixar influenciar pela acusação de fulano de tal, que assina X314, apelido que ele usa para se esconder por meio de um avatar falso do twitter. Mas os jornalistas mais novos ficam impressionados com isso. E começam a achar que estão equivocados, que precisam agradar todo mundo. Isso é impossível.

A TV era onipotente, sem a competição dos canais a cabo e da internet. Mudou o jeito de se fazer jornalismo na TV? 

Não mudou muito e isso é tema para ser discutido. A internet sacudiu muito o mercado. As pessoas ficaram meio desconcertadas em como lidar com a força dessa mídia. O adolescente de hoje aprendeu a usar a internet para conseguir tudo o que quer, inclusive notícias. A TV precisa prestar atenção nisso. A minha modesta tese é que a TV deveria radicalizar ainda mais no seu formato. É a única maneira de ela ficar melhor do que é. Deveria ser mais jornalística, mais entretenimento… Se você compete com a velocidade da internet, você perde.

A elite brasileira acompanha essas mudanças?

Acho esse termo muito genérico. É como falar a mulher brasileira… Existe a elite canalha, a elite predadora, mas também tem a elite empreendedora, multiplicadora, responsável. Existe também um grupo grande que subiu recentemente da classe B para a classe A, os digamos “novos ricos”, que também viraram uma subdivisão da categoria elite. Somos um País de grande mobilidade social. É a força do Brasil. Na Inglaterra, um cara que nasceu na classe média dificilmente chegará à elite. A gente tem muito da mentalidade americana do empreendedorismo, de sair do zero ao topo. Com a vantagem de sermos abertos para os estrangeiros, para o novo. Mas ela não é tão permeável. O cara que ficou riquíssimo com uma rede de motéis não frequenta a casa do Antonio Erminio de Moraes! As elites se protegem dentro dos seus muros.

Como você vê a economia no Brasil hoje? Blindada contra a crise?

Depois que a gente passou pela moratória, pelos planos econômicos, pelos sacrifícios dos ajustes do câmbio, o Brasil pagou a sua conta. E pagamos caro pra caramba! Pagamos com anos de desemprego, reformas duríssimas, por não termos feito a coisa certa. A gente emitia dinheiro para cobrir buracos. Produzia inflação e penalizava os mais pobres. A organização desse sistema nos custou 20 anos! O Collor, que abriu as importações, e o plano Real foram fundamentais para quebrar tudo isso. Sem o Plano Real a gente não ia a lugar nenhum! Tínhamos bancos estaduais que desrespeitavam todas as regras. Emitiam títulos e quebravam porque não tinham como honrar esses papéis. O Plano Real reorganizou tudo isso. Hoje, temos um sistema bancário sólido. O mercado interno não para de crescer e o País começou a atrair mais investimentos. Empresas do mundo todo estão vindo produzir aqui e vender para os brasileiros.

O que falta para a gente deslanchar de vez?

Infraestrutura. Estradas, aeroportos, portos, alfândegas, um serviço público muito ruim. E, o que para mim é fundamental: uma melhora na educação. Nesse cenário, tudo o que depende do governo é lento.

E como você vê o País no cenário internacional?

Nós somos o melhor dos BRICS. A China é uma coisa tão à parte… Agora, comparando com a Índia, a Rússia, a África do Sul… estamos melhores. Mas é um momento crucial porque o Brasil precisa fazer as escolhas certas. Combater com vigor a corrupção porque, caso contrário, não vai dar certo. As pessoas precisam relacionar o imposto que pagam com os serviços que recebem. A carga tributária aqui é absurda!

O Brasil tem jeito?

É lógico que tem! Desde que começou o processo de redemocratização o Brasil tem melhorado, mesmo aos trancos e barrancos. O trabalhador consegue um salário decente, colocar os filhos na escola, contratar uma babá, comprar sua casa própria, seu carrinho… As pessoas de classe social inferior também. Elas já vivem melhor e têm coisas que nem imaginavam ter, eletrodomésticos bacanas, se sentem mais confiantes. Ainda não é para todos, mas o Brasil já está acontecendo.

 

Leia essa e outras matérias na Go’Where Rio n° 10.

Hello, Marília

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Nos palcos desde os quatro anos de idade, quando já acompanhava os pais atores nas coxias do teatro, ela completa 70 anos em janeiro do ano que vem em forma esplendorosa, pique a mil e muita gana de exercer seus múltiplos talentos – sempre com o raro status reservado às pessoas que podemos efetivamente chamar de estrelas. Depois do sucesso da vilã Maruschka em Aquele Beijo, ela dá um tempo na TV para dois novos espetáculos no seu habitat mais natural, o teatro. O primeiro é um “monólogo musical”, acompanhada de violão e teclado, com as canções de Herivelto Martins, cujo centenário se celebra este ano. O outro é Hello, Dolly, um daqueles clássicos da Broadway que nunca sai de cartaz, agora na versão dirigida pelo amigão Miguel Falabella. Será, portanto, mais um ano esplendoroso dessa atriz lendária e ainda antenadíssima com seu tempo e sua arte. Abrem-se as cortinas: Marília Pêra está em cena

Por Celso Arnaldo Araujo

Chegando do ensaio, a fase mágica em que o ator vai incorporando seu próximo personagem. Desta vez, porém, não é o caso. Em seu seu próximo trabalho, Marília interpretará canções – não um personagem. E que canções! Herivelto Martins, que estaria completando cem anos, compôs mais de 500 músicas e várias delas figuram em qualquer antologia da MPB, como Ave Maria no Morro, Praça Onze, Caminhemos e Pensando em Ti. Marília vai cantar Herivelto num “monólogo musical” dirigido por Claudio Botelho. Ela ainda não tem certeza, mas o espetáculo deve ter o mesmo nome de um livro biográfico escrito pela filha do compositor, Yaçanã Martins: Herivelto como eu conheci.

Mas por que Herivelto, e por que Marília? O universo desse extraordinário compositor não é estranho à atriz. Há 25 anos, em A estrela Dalva, ela foi Dalva de Oliveira – a cantora que teve com Herivelto o mais conturbado romance da crônica da música brasileira, pleno de amor e ódio, tal como desenhado na minissérie global Dalva e Herivelto. Agora, Marília canta o “outro lado”. Ou o mesmo lado? “Quando fiz a Dalva, eu soube que Herivelto ia ao teatro com um diapasão e se sentava num canto para checar se a gente estava cantando as músicas nos tons originais. Apesar de tudo, tinha zelo e carinho por ela”. E o que achou da minissérie? “Não vi. Acho que foi de ciúmes…”, brinca Marília, uma especialista em Dalva/Herivelto. De qualquer forma, Marília retorna ao musical – gênero que lhe rendeu alguns dos melhores momentos de sua carreira, a começar por My Fair Lady, aos 18 anos, como bailarina, e passando por Elas por Ela, Vitor ou Vitoria, Master ClassMarília Pêra canta Ari Barroso, Marília Pêra canta Carmen Miranda e A Gloriosa, onde interpretou (dramaticamente e musicalmente) a folclórica cantora lírica americana Florence Foster Jenkins, que desafinava como poucas – papel para o qual Marília precisou “desaprender” a cantar.

Uma das raras grandes atrizes brasileiras que também domina o canto, Marília não vê os musicais como um “porto seguro” de sua longa carreira. “Na verdade, é ao contrário: musical é sempre uma corda bamba. Cantar é dificílimo”, diz ela, uma aficionada da ópera, “o teatro total”. Mas, embora já tenha sido Maria Callas em Master Class, ela reconhece seus limites na área: “Sou uma cantora mediana. Com aulas, alcanço três oitavas de extensão, eventualmente com a tessitura de soprano”.

Assistindo aos musicais de hoje, Marília frequentemente se impressiona com a qualidade da voz dos jovens atores. “O Brasil sempre foi um país musical, mas a técnica ainda deixava a desejar. Depois que os nossos artistas começaram a viajar e a aprender a cantar de um jeito que protege as cordas vocais, tudo mudou. Eu mesma, na primeira vez que fui a Nova York, fiz uma aula de canto e o professor me mandou virar de cabeça para baixo, para ‘cantar a nota com a testa’. Foi assim que coloquei a voz no lugar”. E Marília diz que não só os jovens atores, como Thiago Fragoso, estão dando um show de canto. “Viram o José Meyer no Violinista (no Telhado)? Um espetáculo”.

Aos 4, na ribalta

Se Marília Pêra lhe disser que tem 65 anos de palco, pode até duvidar – mas depois acredite. Jovialíssima em seus 69 anos assumidos, ela tem uma carreira tão longa porque praticamente já nasceu atriz. Filha de Manoel Pêra e Dinorah Marzullo, atores que fizeram parte de famosas companhias de teatro da primeira metade do século passado, como as de Madame Henriette Morineau e Dulcina, já aos 4, impecável em seus vestidinhos rodados brancos e fita na cabeça, era levada para a coxia do teatro, enquanto os pais exerciam seu ofício. Daquela época, uma lembrança ainda viva: “Quando eu tinha dois anos, nas coxias, ouvi um homem gritando com mamãe. Comecei a chorar”. Bem, esse homem era o lendário Procópio Ferreira e os gritos, evidentemente, eram dirigidos à personagem de Dinorah.

Aos 5, em 1948, a estreia como atriz, dirigida por Madame Morineau – e justo num dos mais dramáticos e mitológicos papéis do teatro universal escritos para uma menina, embora sem fala: a filha de Medeia, que é morta pela mãe. “Eu renascia todas as manhãs”, resume Marília ao descrever o mistério do teatro para uma criança. Nesse papel, ela apenas gritava. A primeira fala veio no mesmo ano, em O Casaco Encantado, de Lúcia Benedetti, no papel de uma pagem. Em seguida, Frenesi, de Peyret-Chappus.

Desde então, ela emenda um trabalho no outro – inicialmente só no teatro, depois na TV (estreando na TV Tupi, ainda no antigo prédio do Cassino da Urca), dançando, atuando, cantando, dirigindo, produzindo. Nesses 65 anos de carreira de uma artista completa e em tempo integral, ela só se concedeu um período sabático de três meses, quando viajou pela Europa com o filho Ricardo. No resto do tempo, seu nome é trabalho, alternando, e mais raramente acumulando, teatro e TV. Qual é a prioridade? O das possibilidades. “Acompanhei meus pais no tempo em que não havia TV e eles dependiam exclusivamente da companhia teatral. A TV ampliou o mercado. Mas na verdade nunca planejo. As coisas vão acontecendo”. Raramente, porém, ela faz as duas coisas ao mesmo tempo. “Hoje, com o ritmo das gravações, e um número enorme de cenários, ficou muito pesado fazer TV e teatro ao mesmo tempo. A última vez foi quando fiz Dalva e Brega e Chique – mas ambos os eram dirigidos pelo Roberto Talma, o que facilitou”. Este ano, provavelmente, nada de TV. Depois de Herivelto, ela emenda com Hello, Dolly – o supermusical da Broadway que já foi até filme nos anos 60, com Barbra Streisand no papel da alcoviteira Dolly Levi, e já teve várias versões, inclusive no Brasil, em 1965, com Bibi Ferreira no papel principal. Hello, Dolly estreia dia 12 de outubro no Rio – depois, viaja o Brasil.

O fato é: parar, nem pensar. Além de ser paixão, o trabalho para Marília ainda é sobrevivência e abrigo. “Sou quase uma ONG, muita gente depende de mim. Mas faço isso com muita alegria, porque venho de uma família que sofreu muito com a instabilidade do mercado artístico”.

Na casa dos 70

A proximidade da data redonda, em janeiro do ano que vem, não a assusta – dada a inevitabilidade do evento. E ela não esconde, nem acha que isso seja possível, com a popularidade de revistas que escancaram a idade das celebridades. “Gosto quando me dão menos, mas não posso me queixar quando falam a verdade. Com 50 anos, fiz um livro biográfico. Uma amiga me chamou a atenção: por que falar de idade? Seria bonito não ter idade. Seria, mas vou esconder?” Na iminência dos 70, qual é a sensação? “São muitas, como em todas as idades. Achei que seria uma velha aos 70… Como passou rápido!”. Uma idade, de modo geral, gloriosa: “Um monte de cenas vividas, muitas histórias, muitas com minha mãe”. A mãe, Dinorah, é história, é presente, é um modelo – ainda lúcida e ativa aos 93 anos. Seu último papel foi há dois anos, no Zorra Total, como a mãe do mafioso Don Gorgonzola, interpretado por Agildo Ribeiro. “Outro dia ela me disse: quero trabalhar. Dei um poema para ela decorar. Decorou bem. Minha mãe fez 200 peças como atriz”. Para ela, chegar a essa idade, de posse de todas as faculdades, é um prêmio. “Veja dona Canô e o Niemeyer, com 104 anos. É tão bonito seguir adiante”. Bibi Ferreira, que brilha com um espetáculo comemorativo de seus 90 anos, é outro ícone. “Vejo nessa maravilha de Bibi a história viva do teatro brasileiro, sempre renovada, decotada, com os braços de fora, a voz mais bonita do que nunca. Não sei se vou ter coragem de estar no palco com 90 anos, mas isso é muito lindo”.

Não confiando totalmente nos gens, cuida-se muito. Mantém o peso da adolescente Marília com exercícios diários e uma dieta saudável – não come carne vermelha ou frango, peixe muito pouco. Fica mais com a soja, grãos, mordisca um chocolate de vez em quando. Adorava vinho, mas soube que não é bom se quiser ficar com a memória mais esperta. Há bons papéis para atores de 70 anos no Brasil? “Depende dos autores. Mas me vêm à cabeça Meryl Streep, Judi Dench, Catherine Deneuve – com 70 ou quase, sempre muito bem escaladas. Acho que, ao chamar um ator veterano para um papel, um autor deve reservar a ele o destaque que sempre teve – não reduzi-lo por causa da idade”.

De Collor a Dilma

Uma mulher presidente é vista por ela com respeito – e determinismo histórico. “Gosto da ideia, mas não invejo, porque é um fardo pesado. Torço para que faça um governo limpo e nobre”. No começo dos anos 90, a esperança de mudança se chamava Collor de Mello. Marília esteve entre os artistas que o apoiaram publicamente. Vinte anos depois, como lida com isso? “O apoio a Collor tem de ser visto junto com as duas prisões que sofri no período da ditadura. Uma delas, no prédio onde eu morava em São Paulo, o Edifício Copan, de onde fui levada no fusca onde tinha morrido Marighela. Na segunda vez, foram me pegar no Teatro Anchieta, presa junto com a Ruth Escobar e o Renato Consorte. Hoje quero que saibam que apoiei Collor mas não sou Fla nem Flu. Procuro algo que sempre remeta a valores éticos”.

Algum medo, às vésperas dos 70? “Muitos, como todo mundo tem. Mas o maior talvez seja com minha mãe. Esta semana, eu fazia prova de roupa quando me ligaram para dizer que ela não estava passando bem. É sempre um sobressalto. Ela é minha âncora. No restante dos temas, eu ligo a chave do conhecimento para evitar o desconhecido”.

No quarto com Atala

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Na lista 2012 dos 50 melhores restaurantes do mundo da revista inglesa Restaurant, hoje considerada a lista oficial, o “Oscar” do mundo gastronômico, não há nenhum francês entre os top 10. Mas um brasileiro brilha na fabulosa quarta posição. Claro, o D.O.M., do chef Alex, que, desde sua entrada na lista, em 2006, tem feito uma espetacular escalada rumo ao topo do mundo. Ele chega lá?

Por Celso Arnaldo Araujo

A relação dos 50 melhores restaurantes do planeta é anunciada numa cerimônia realizada com pompa e circunstância no Guildhall, em Londres – e depois dos primeiros 50, anunciam-se mais 50, para completar a centena dos grandes e estimular a disputa para o ano seguinte. E o clima de suspense é de Oscar mesmo. Alex Atala estava lá. E, ao ser anunciado como o quarto melhor do mundo, superando monstros sagrados da gastronomia internacional, subiu ao palco sob gritos e aplausos dos colegas.

Alex não é considerado apenas um grande chef – mas um batalhador por uma cozinha legitimamente nacional, valorizando os ingredientes tupinquins. “Ele é um homem sozinho na luta para promover a cozinha brasileira”, disse o apresentador do evento, Mark Durden-Smith. Desde que o D.O.M. entrou na lista, em 2006, num honroso 50º lugar, que ele brincava ser “o último entre os primeiros”, Alex nunca dormiu sobre os louros. O menu-degustação da casa, muito mais do que pratos isolados, foi se encorpando com essa consciência brasileira – e ganhando pontos entre os jurados do prêmio, que são em torno de 700. O D.O.M. hoje é parada obrigatória de qualquer chef estrangeiro de primeira linha que visita São Paulo – e Alex, uma celebridade mundial que poderia passar seu tempo atendendo a convites internacionais para eventos, festivais e cook shows. Mas ele ainda dá uma atenção toda especial a seu restaurante. Afinal, noblesse oblige.

Disse ele após o anúncio de sua extraordinária posição na lista: “A cada avanço, eu só consigo pensar em divulgar nossa gastronomia, nossos produtos, políticas sustentáveis e nossos chefs”. O fato de ter chegado tão alto é atribuído por ele a muito esforço: “Desculpe a falta de modéstia, mas não é mais sorte ou acaso. Houve o reconhecimento de um trabalho”. Mas ele também reconhece que uma coisa é fazer parte da lista dos 100. Outra, é estar no top ten, pelo segundo ano consecutivo. “Serei muito mais cobrado, a responsabilidade é ainda maior. Olhando para cima, só vejo Noma, El Celler de Can Roca e o Mugaritz. Abaixo, o fantástico Osteria Franciscana e todos os demais grandes. Estar aqui é incrível”.

Antes do anúncio do prêmio, atendendo a pedidos, Alex fez um jantar para chefs do primeiríssimo time. O que cozinhou? “Os pratos fortes do D. O.M. com ingredientes que consigo trazer dentro da mala: tapioca, tucupi, pimenta de cheiro, castanha-do-pará”.

Roberta e Helena: duas brasileiras entre os melhores do mundo

Na lista dos 100 melhores restaurantes do mundo da revista Restaurant, outros dois brasileiros merecem destaque. O Maní, da chef Helena Rizzo, em parceria com seu companheiro Daniel Redondo, por uma posição não entra nos top 50 – ficou em 51º, também dando um show em comida contemporânea com toques brasileiros. Já o restaurante carioca Roberta Sudbrack, da chef de mesmo nome, estreia na relação, na posição 71. Roberta, que foi chef de cozinha da Presidência da República no segundo mandato da gestão FHC, disse ao receber a notícia: “Nunca trabalhei para estar na lista. Seria uma prisão. Não abro mão de certas coisas, de preparações trabalhosas, de assados, de não usar quase nada de equipamento. A simplicidade pode ser tão gloriosa, tão fantástica”. Ela completa: “Mas esse é um reconhecimento de um trabalho que não é meu, mas da minha equipe”.

 

Leia essa e outras matérias na Go’Where Rio n° 10.

Garota carioca!

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A atriz da rede Record revela aqui sua paixão pelo Rio de Janeiro e seus caminhos prediletos na cidade

Por Cibele Carbone

Linda, loira e dona de um corpo escultural. A atriz Louise D’Tuani tem tudo para ser a nova musa da TV. Mas o título não é merecido apenas por sua beleza. A loira de 23 anos tem talento de sobra! Prova disso é que, apesar da pouca idade, já participou de seis novelas – entre elas Ribeirão do Tempo, Mutantes e Caminhos do Coração, todas na TV Record. Após uma temporada de um ano em Nova York para se aprimorar na arte da dramaturgia, ela retornou ao Brasil para participar da novela Máscaras, também na Record. “Senti muita falta do Brasil, do Rio de Janeiro e dos meus amigos”, conta a atriz, que está arrasando no papel de uma adolescente meio tímida. Nesta entrevista exclusiva para Go Where Rio, Louise revela o que pensa sobre a Cidade Maravilhosa, Olímpiadas, Copa do Mundo e a imagem do Brasil no exterior. Confira!

O que você acha do Rio?

Eu amo a minha cidade. Ela não é a Cidade Maravilhosa à toa! Além das inúmeras belezas naturais por todos os cantos, é cheia de pessoas simpáticas e receptivas. Só fico triste com o tamanho da desigualdade social que tem aqui… Ao mesmo tempo em que, de um lado da cidade, você vê um grande desenvolvimento cultural, por exemplo, do outro lado existe uma carência enorme de oportunidades, de acesso à arte, cultura, educação.

Em que bairro você mora?

Moro na Barra da Tijuca. Foi uma escolha dos meus pais quando eu ainda era pequena. Mas se eu tivesse que escolher outro bairro para morar seria o Leblon.

Quais os locais que freqüenta na cidade?

Não sou muito de sair à noite, de ir para a balada. Eu prefiro frequentar teatros da zona sul e participar de eventos culturais no centro da cidade. Esse tipo de programa faz mais o meu estilo… E durante o dia, quando dá tempo, gosto de aproveitar as praias da Barra e do Leblon.

Algum restaurante que costuma ir sempre?

Vou sempre com os meus amigos no Sushi Carioca, na Barra; no Sawadee, que fica no Leblon; e no Marquês da Gávea, um lugar superespecial e com comidas deliciosas, que é da atriz Flávia Monteiro e fica na Gávea.

Você deve ter seus cantinhos especiais aqui no Rio para cuidar do visual, certo?

Costumo ir ao Anysios Hair e à clínica Piu Bella, onde encontro profissionais da melhor qualidade e competência para cuidar do meu cabelo e do corpo. Ambos ficam na Barra. Já para malhar, escolhi a academia Rio Sport Centre, perto de casa também.

Já teve a experiência de morar fora do Rio?

Em 2011 e até o início de 2012 morei em Nova York. Fui com a meta de aperfeiçoar meu inglês e me aprimorar na profissão. Fiz cursos, assisti a diversos espetáculos e peças teatrais… Essa experiência foi muito enriquecedora e me trouxe muito amadurecimento profissional e pessoal. Se pudesse, teria ficado mais tempo por lá, vivi momentos únicos e que jamais esquecerei. Espero a Nova York sempre que possível.

O que acha de o Rio ter se tornado a cidade da moda no exterior, já que eventos internacionais importantíssimos estão prestes a acontecer por aqui?

Acho isso ótimo! Só espero que o Brasil aproveite para chamar mais atenção para projetos culturais existentes aqui. Tenho certeza de que muitas coisas boas ainda virão pela frente. O Brasil está em alta lá fora, principalmente nos Estados Unidos. Antigamente, quando se referiam ao Brasil, no exterior, as pessoas só conheciam futebol e Carnaval. Agora não mais: quando se fala em Brasil, a maioria quer conhecer. Mas o que ainda preocupa os estrangeiros é a violência. Mas qual o lugar em que não existe violência?

Acredita que o Rio estará preparado para receber Copa do Mundo e Olimpíadas?

Não posso e nem quero desacreditar, espero que os nossos governantes consigam dar conta do que foi prometido. Temos que ter fé de que tudo dará certo.

 

Leia essa e outras matérias na Go’Where Rio n° 10.


Jonatas Faro #todasquerem!

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 Ele tem mais de 155 mil seguidores noTwitter, boa parte formada por fãs da ala feminina. Com pinta de galã e cara de bom moço, embora faça papel do cafajeste Conradona novela das 7, não é à toa que as mulheres se apaixonem perdidamente por ele

Por Cibele Carbone e Fernanda Dragone

Ele fez 25 anos no dia 11 de agosto, mas possui a maturidade de um homem mais velho. Pai de Guy, de 1 ano e 3 meses, fruto de seu relacionamento com a atriz Danielle Winits, o ator Jonatas Faro não poderia estar numa fase melhor de sua vida.A imagem de bom moço que transmitia graças a seus personagens anteriores ficou para trás na novela global Cheias de Charme, onde ele dá vida a Conrado Werneck, um empresário ambicioso – e de caráter duvidoso – que é disputado por duas mulheres.

Se na ficção ele faz sucesso na ala feminina, na vida real a situação não é diferente. Bonito e com os músculos bem talhados, Jonatas Faro possui uma legião de admiradoras que o acompanham desde os tempos de Chiquititas, primeira novela em que o ator apareceu, aos 11 anos de idade. “Eu sei que tenho fãs desde daquela época por causa do Twitter. Elas mandam recado falando que sentem saudades de Chiquititas. O bacana é que é uma galera da minha idade, que cresceu junto comigo… Gosto muito desse retorno”, comenta o ator, que nasceu em Niterói, mas que atualmente mora no Rio.

Mas engana-se quem pensa que as admiradoras do rapazsão apenas as adolescentes. Após seu envolvimento com a atriz Danielle Winits,13 anos mais velha do que ele, muitas balzacas passaram a prestar mais atenção em Jonatas. Eles se conheceram durante os ensaios do musical Hairspray e a química foi instantânea. Em menos de um ano, namoraram, casaram e se separaram. Desde então, o ator está solteiro. Confira a seguir os melhores trechos da entrevista exclusiva que o ator concedeu a Go Where Rio e saiba o que ele tem a dizer sobre assédio,vaidade, carreira e paternidade.

Tem muita mulher com mais de 30 anos que te adora. É por causa do rostinho de menino aos 25 anos?

Sério que acha que tenho rostinho de menino? Obrigado pelo elogio…. Mas costumam dizer que pareço mais velho por causa da minha altura e quando eu deixo a barba por fazer. Agora,sinceramente, não acho que o fato de parecer mais novo ou mais velho chame atenção. Na vida real sou normal, não me sinto galã. Acho que é mais fantasia. De perto todo mundo é igual, acho que é mais pelo personagem. Foi por causa de um personagem, o Rafael Cortez, da novela Insensato Coração. Eu tracei a meta de ficar bem sarado para a novela e consegui. Mas agora estou mais tranquilo, estou malhando para ficar bem comigo mesmo e não para ficar bombado. E sem neuras. Por causa das gravações da novela, só me sobra tempo à noite, mas tem dias que estou supercansado e não malho. Então, acabo ficando na corrida na praia e dou uma segurada na alimentação. O problema é que moro sozinho e, às vezes, nãome alimento bem.

O Conrado, seu personagem em Cheias de Charme, vive bem vestido. Você também gosta de andar na moda?

Nas novelas, peço para ser mais mauricinho para incorporar mesmo o personagem. Agora, por mim, eu ficaria o dia inteiro de calça e chinelo, gosto de roupas folgadas… Só mesmo quando tem algum evento é que me preocupo mais.

Já que lembramos de Cheia de Charme, como você classificaria o Conrado? Um vilão ou apenas um cara ambicioso?

Ele é ambicioso, até porque em uma novela das 19 horas não pode ter muita maldade.O Conrado quer ter uma vida boa, mas não quer trabalhar. Acontece que ele ama a Cida e está tentando se regenerar, se tornar uma pessoa melhor, mas a fraqueza dele por dinheiro está deixando o Conrado meio confuso.

E você, é ambicioso? Como lida com a vontade de querer crescer na carreira e ser uma estrela do primeiro time?
Com certeza, é muito bom ter metas, mas até elas precisam de planos para se concretizarem. Pode parecer clichê, mas também
acredito muito na vontade de Deus, que vale mais do que tudo. Mas é bom ter sonhos, direcionar sua vida para algo e ter foco

A matéria completa você confere na revista Go’ Where Rio

 

 

Orgulho de ser do Vidigal

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Vidigal (zona sul do Rio), o ator e cantor Thiago Martins exibe, aos 24 anos, um currículo de dar inveja a muitos veteranos da telinha. São dez novelas, nove filmes e diversas peças de teatro. Atualmente, interpreta o jogador de futebol Leandro, na novela Avenida Brasil, da Globo. E o que mais chama atenção, além de seu talento, é que, mesmo fazendo parte do casting da principal emissora do País, ele ainda mora no local onde nasceu e confessa, nesta entrevista, que não pretende deixar a comunidade Vidigal 

Por Malu Bonetto

vidigal

Quando Thiago nasceu, o morro do Vidigal ainda não era pacificado e ele, claro, presenciou algumas situações que uma criança de Ipanema dificilmente veria. Aos 15 anos, por exemplo, passou pelo momento mais triste da sua vida: seu irmão mais velho, o ator e produtor teatral Carlos André, na época com 30 anos, foi atingido por uma bala perdida. “Vi meu ídolo em um lugar que não era dele, uma cama de hospital. Foi muito difícil. Mas sempre soube que ele ia se recuperar (e se recuperou!) e que iria me ver no lugar onde ele queria que eu chegasse”, relembra.

Orgulho das raízes
Claro que a infância dele no morro não foi só tristeza, ele se divertia jogando bola e brincando com os amigos. “A violência no morro sempre existiu, como em qualquer lugar, mas minha família sempre me educou com valores de verdade.” A paixão pelo Vidigal é tão nítida que ele não pensa em sair de lá. “Se eu morasse na Barra da Tijuca, ninguém ia ficar me perguntando porque escolhi morar lá. Mas o Vidigal é meu porto seguro. É onde tenho minha família, meus poucos e bons amigos que torcem por mim. Sou nascido e criado lá. Quando chego, deixo de ser o Thiago Martins, para ser o Thiaguinho do Vidigal. É muito bom morar lá. Para você ter noção, não existe uma única casa para alugar. Sem contar a vista que é linda.”

Maravilhas do Rio
Thiago se define como um cara do bem que só quer trabalhar e ser feliz, “e ajudar minha família cada vez mais”. Caseiro assumido,
ele diz que vai à praia quando tem uma folga nas gravações (o que está ficando cada vez mais difícil em função do destaque que seu
personagem tem recebido), e a noite ele reserva só para os shows do Trio Ternura. “Sou uma pessoa que não vai no mesmo local sempre, cada hora estou num lugar diferente. Mas quem for ao Rio não pode deixar de conhecer o Cristo Redentor e as belas praias cariocas.”

Do morro para a fama
Foi no Vidigal que a carreira artística de Thiago Martins começou, quando aos seis anos passou a fazer parte do grupo de teatro Nós do Morro, um projeto social realizado, com moradores da favela. Aos 10 anos, ele fez sua primeira participação na televisão no especial de Natal de Xuxa. Em 2002, chegou às telonas como o Lampião, do filme Cidade de Deus. “Para mim, o filme é um marco do cinema mundial. Como ator foi muito importante ter feito, é muito bom olhar para todo mundo que saiu do filme e ainda está trabalhando como o Seu Jorge, a Alice Braga…” E de lá para cá ele não parou mais. Atualmente, Thiago Martins pode ser visto no papel do jogador de futebol Leandro, em Avenida Brasil. O ator confessa que está sendo prazeroso ao extremo gravar as cenas de futebol, afinal ele tem muitos amigos jogadores, como Vagner Love, Elano e Ronaldinho Gaúcho, e é neles que se espelha para fazer o Leandro. “Sempre tive o sonho de ser jogador, até hoje brinco dizendo que vou largar tudo para jogar bola.” Sobre o triangulo amoroso vivido por ele,
Suelen (Isis Valverde) e Roni (Daniel Rocha), ele é categórico em defender seu personagem. “O Leandro é um cara do bem, que não faz mal a ninguém, só quer jogar bola e ama a Suelen. Eu torço para que eles fiquem juntos, mas seria muito bacana se ele e o Roni se envolvessem. Mesmo porque, em uma novela do João Emanuel Carneiro tudo pode acontecer.”

Talento para a música
Ele faz parte do Trio Ternura, banda que forms com Jhama e Dhum Neves. A ideia do trio começou numa festa na casa de Bruno Gagliasso, onde os três resolveram se juntar e fazer um show. Deu certo e levaram o projeto adiante, tocando semanalmente numa boate no Rio, lotando as apresentações. Thiago é o vocalista da banda e diz que sempre cantou. “Na verdade, comecei a cantar no
coral da igreja, com nove anos de idade”. Quando questionado sobre o estilo da banda, ele diz que o trio é um liquidificador musical
e social. “Queremos agregar estilos diferentes e classes diferentes em nossos shows. Nós queremos é passar alegria, nesse quesito acho que olhamos muito para a Ivete Sangalo, mas estamos cantando até Backstreet Boys. Estou fazendo até coreografias, sou fã da banda desde moleque, queria ser o Nick Carter.” Para quem ficou curioso para vê-lo cantando, uma boa notícia: ele já estão com um álbum gravado e pretendem lançá-lo assim que a novela acabar.

 

 

A matéria completa você confere na revista Go’ Where Rio 11

Socialites modernas

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A sociedade paulistana se renova com a chegada de mulheres chiques, contemporâneas, que sabem dosar seu lado profissional com as demandas familiares e pessoais

Por Zilda Brandão Fotos Daniel Cancini

Tatiana Pilão, Julie Montgomery e Bruna Calarezi: trinca de ás

Essas três meninas são de arrasar! Tatiana Pilão é formada em Artes Cênicas e Desenho Industrial pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Fez teatro profissional, atuando inclusive na peça Namoro, contracenando com Gabriela Duarte. Mas a pedidos de amigas e conhecidas que sempre lhe perguntavam onde comprava suas roupas e acessórios, resolveu criar o Circolare, um blog de dicas fashion. O blog ficou tão famoso que ganhou as sócias Bruna Calarezi e Julie Montgomery, virou site e hoje está hospedado no UOL. Tatiana é festeira das boas e adora abrir os salões de sua casa. Aliás, as três sócias costumam também organizar os eventos das melhores marcas nacionais. Na hora de se vestir, Tati prefere Emilio Pucci, Hermès e Gucci. Tem paixão por joias e relógios e seus sapatos preferidos são Louboutin e Jimmy Choo. Ama viajar e seus destinos favoritos são Mikonos, Miami e Nova York. Bruna Calarezi é formada em Hotelaria pelo Senac e pós graduada pela ESPM. Começou sua carreira atuando como RP em assessoria de imprensa. Amiga de longa data de Tatiana e Julie, ela comemora a decisão de apostar no site, que está completando quatro anos de sucesso. Suas grifes preferidas são NK Store, Missinclof e Stella Mccartney. É louca por cosméticos e pelo perfume Cheer, de Stella McCartney, que ela compra nas suas idas a Nova York. Já Julie Montgomery é jornalista formada pela FIAM com cursos de locução profissional no Senac. Já trabalhou na Band, SBT e na TVT, afiliada da Rede Globo em Sorocaba. Há três anos adquiriu participação no Circolare e hoje é a responsável pelo conteúdo e revisão dos textos do site. Suas grifes preferidas são Paula Raia e Giuliana Romano. É apaixonada pelos Beattles e cinéfila assumida, pois costuma ver quase todos os filmes que entram em cartaz. Quando a saudade aperta, Julie vai a Miami, onde mora sua mãe.

Veridiana Lhamas de Avelar Fernandes: puro sangue

A história de Veridiana é muito interessante. Ela nasceu em Ourinhos, mas foi criada em Bauru. Aos 16 anos resolveu fazer intercâmbio na Inglaterra durante seis meses, período que a fez repensar seus planos de carreira. Ao retornar prestou vestibular e foi aprovada em três Faculdades. Ela decidiu mudar-se para São Paulo e matricular-se em duas: na USP (Matemática) e na PUC (Relações Internacionais). Mas por incompatibilidade de horários não foi possível levar os dois cursos à frente. Decidiu-se pela carreira diplomática e matriculou-se em um cursinho de preparação para o Instituto Rio Branco, tendo sido aprovada no concurso de 2008. Veridiana se tornou diplomata antes de completar 23 anos de idade. Hoje, aos 26 anos, é Terceira Secretária e Vice Cônsul do Brasil em Assunção, no Paraguai. Seu trabalho consiste em emitir vistos para estrangeiros e atender brasileiros na concessão de passaportes, na legalização de documentos, entre outras atividades. Veridiana já esteve em 28 países a trabalho ou a passeio. Adorou a Irlanda e a Turquia, onde foi acompanhada pelo namorado, que também é diplomata. Seu hobby e grande paixão são os cavalos. Ela pratica hipismo todos os dias, participando de provas de salto. Atualmente, ela se divide entre Assunção e São Paulo, onde gosta de aproveitar de sua intensa vida cultural e gastronômica.

Bianca Corona: tudo ao mesmo tempo agora

Bianca Corona é o retrato da nova geração da sociedade paulistana. Apaixonada por moda, estudou no IED e Senac e está se preparando para o curso de Marketing e Moda em Nova York e Londres. E, apesar de muito jovem, já ocupa o posto de Diretora Comercial da Dhuif, a primeira loja multimarcas fashion dos Jardins, que comercializa produtos de luxo de grifes nacionais e importadas, como Monne, Branquinha, Amir Slama, Brigitte, Moschino, Marie Chantal, Cavalli, Fendi… a primeira coleção Young da Versace, além de marca própria Dhuif e Dhuif Mini. Elegantérrima, ela tem como grifes preferidas a Dhuif (é claro), Kurt Geiger, Charlotte Olympia e sapatos Valentino. Em seu tempo livre, faz companhia para a mãe, recebe amigos em casa e gosta muito de sair para jantar com o namorado. Mas viaja sempre que pode para o Rio de Janeiro, sua cidade preferida, ou para sua fazenda, perto de São José do Rio Preto, onde recarrega as energias. Mas vai com frequência para Istambul, Londres e Nova York. Um de seus hobbies favoritos é a leitura. Ela diz que acabou de ler um livro sobre a família Kennedy. É esportista, adora cavalos e já participou de várias competições de hipismo. Haja fôlego!

Alessandra Sadi: conectada

Mais conhecida como Lelê, Alessandra Sadi é filha da socialite Cris Sadi, ex-embaixatriz da Dior no Brasil, linda, chiquérrima e que dispensa apresentações. Além do DNA, ela herdou da mãe o bom gosto e o dinamismo. Com apenas 24 anos, é formada em Administração de Empresas na ESPM e proprietária de duas empresas: a Hi-Brand (consultoria de branding) e o recém-inaugurado We Pick, com a sócia Mica Rocha. O We Pick é um portal interativo sobre lifestyle, com rede social interna, onde as pessoas podem selecionar artigos de interesse específico, com editoriais semanais fotografados em locais inusitados e pegadas divertidas. Lelê é fã do estilo Hi-Low, que mistura grifes de fast fashion com marcas top, como Topshop, Zara e H&M, Burberry e outras marcas tradicionais. Paris é sua cidade favorita. Lá ela se sente em casa, pois morou lá por alguns anos quando estudou na Sorbonne. Mas em qualquer cidade onde chega, o primeiro programa que faz é visitar museus e galerias de artes. Em Nova York, suas galerias favoritas estão em Chelsea. Em São Paulo, não perde a Vida Cultural. Costuma trabalhar no mínimo 12 horas por dia e sua rotina é de muita leitura e criatividade. Lelê confessa que tem a mãe como exemplo de vida e sua grande incentivadora. As duas têm realmente uma ligação muito forte de amor, amizade, respeito mútuo e companheirismo. Um belo exemplo!

Sheila Mueller: o mundo é dela

Com apenas 24 anos, Sheila Mueller é RP do escritório brasileiro da The Leading Hotels of the World, uma organização que representa 450 dos melhores hotéis, resorts e spas de luxo do mundo em mais de 80 países. Ela começou na organização há dois anos como estagiária e, depois de formada em Hotelaria na Universidade Anhembi Morumbi, foi crescendo profissionalmente até ser efetivada e promovida dentro do grupo. Ela é responsável pelos contatos com imprensa e relacionamento final com os hóspedes. E cuida também do Leaders Club, programa de benefícios da empresa, que promove o jantar black tie anual para convidados especiais, entre outros eventos de destaque. Além de competente, Sheila tem bagagem. Conhece praticamente o mundo todo, morou nos Estados Unidos e domina três idiomas. Há 18 anos faz dança folclórica israelense e adora ir ao teatro assistir a musicais. Sai muito para jantar e, quando está em São Paulo nos fins de semana, não dispensa um risoto no NOU. Em NY, é frequentadora assídua do Balthazar.

Leia essa e outras matérias na Go’Where n° 93.

Ana Paula Padrão: Meu Luxo é Minha Casa

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À frente do jornal da Record há três anos e de duas empresas próprias – uma delas o portal Tempo de Mulher, que teve mais de 27 milhões de acessos no último mês de março – a jornalista Ana Paula Padrão revela a Go Where um dos seus maiores prazeres, além do trabalho: cozinhar. “É a minha higiene mental”

Por Lilian Anazetti Fotos Wellington Nemeth

Era para ser uma entrevista sobre luxo. Suas grifes preferidas, restaurantes top, lazer para poucos. Mas assim que a conversa começou, Ana Paula Padrão já foi avisando: “Eu não ligo pra luxo, não sei nada sobre os lançamentos das marcas mais famosas. As joias, ganho do meu marido. Gosto de uma roupa boa, de qualidade, mas compro quando viajo. Por que eu vou pagar mais caro aqui se posso comprar em Nova York a mesma peça, 70 % mais barato?”.

O rumo da conversa mudou um pouco; enveredamos por assuntos atuais, como os grandes desafios do jornalismo hoje e sua rotina de trabalho, que engloba, além da TV Record, outras duas empresas próprias – a Toureg, especializada em vídeos e montagens de televisões corporativas, e o projeto Tempo de Mulher, uma plataforma de informação hospedada no MSN, com discussões, fóruns e encontros sobre o papel da nova mulher brasileira no mercado de trabalho. “Eu trabalho 12 horas por dia. Não faço ginástica, não tenho lazer durante a semana, não vou a happy hour. Por isso, luxo para mim é ficar em casa. Sou daquelas que tranca a porta na sexta e só abre segunda de manhã, para ir trabalhar”.

Apaixonada por cozinha, Ana Paula passa os finais de semana cozinhando, sempre acompanhada do marido. O casal, que não tem filhos, mora numa cobertura nos Jardins. “Temos duas cozinhas no apartamento. Uma para o dia a dia. A outra só nossa”. O prato preferido da jornalista – que tem 26 anos de carreira – é o risoto. “Faço do que tiver em casa”.

Outro luxo para ela é ir às compras no sábado de manhã, no mercado Santa Luzia, e escolher com calma os ingredientes que vai usar nas receitas. “Estava lá outro dia e me surpreendi quando vi o Galangal seco, um tempero que só dá no Oriente. Quando viajo para lá, trago na bagagem e congelo, adoro usar nas minhas receitas. Acho que isso é o mais incrível nesta cidade; aqui você encontra um pouco do mundo inteiro, começando pela área cultural e chegando aos melhores produtos. Se você quiser se aconselhar com um grego, você encontra. Se quiser uma informação sobre Butão, você encontra. Se der vontade de comer comida balinesa, tem. Isso para mim é luxuoso”.

Viajar também está entre os luxos de Ana Paula. A lazer, ela consegue sair três vezes por ano. “Se eu ficar em São Paulo o telefone não para de tocar, por isso viajo muito para fora. Este ano, eu e meu marido estamos planejando uma viagem para a Itália e Espanha. Aqui no Brasil, gostamos muito de ir para a nossa casa na Bahia, perto de Itacaré”, conta ela, que vai além e diz que viajar ajuda no processo criativo. “Trabalhar demais, o tempo inteiro, é contraproducente. Falo isso com a consciência de quem trabalha muito, muito mesmo. Por isso, para mim, esses pequenos luxos, de viajar e cozinhar, são a minha inspiração, minha higiene mental”.

Polêmicas

E é essa mulher viajada e ligada em tudo o que acontece à sua volta que tem também opiniões polêmicas sobre o jornalismo hoje. “Acho que tem espaço para tudo, desde que haja adaptação. Acredito muito em convergência, porque acho que a necessidade básica das pessoas, no mundo de hoje, é tempo. Se existe uma plataforma que me permite fazer compras, informar, trocar informações com meus amigos e assistir TV, enfim, isso me poupa tempo”. E sobre mandar informações, em tempo real, para os canais de TV e outros veículos? Qualquer um pode ser repórter? “Isso é ótimo, é sensacional e sou muito criticada por pensar assim. Esse indivíduo que está na rua, denunciando alguma coisa, está mostrando a sua responsabilidade social. Que bom que a mídia não é mais a única dona da verdade”.

Ampliar os canais, ampliar a qualificação das pessoas que entram na área. Desde que o diploma de jornalismo passou a não ser mais necessário para o exercício da profissão, as discussões sobre o tema se tornaram recorrentes. “Eu acho muito bom que médicos possam ser jornalistas, advogados, engenheiros, porque acho que isso torna o ambiente jornalístico mais plural e mais denso. Realmente não tenho espírito corporativo. Seria uma boa jornalista mesmo se fosse formada em Pedagogia. Na minha visão, existem outras preocupações mais relevantes. O maior desafio do jornalismo hoje, da TV mais especificamente, é saber quem é o seu público, identificar a necessidade real de cultura e de repertório de quem está assistindo. Há 10 anos você fazia TV para a elite e o resto consumia. Hoje, essa elite deixou de ser a formadora de opinião”.

Luxo é…

-Viajar de férias e deixar o celular desligado

-Comprar roupas, bolsas e tudo mais em NY, muito mais barato!

-Passar o fim de semana em casa

-Ter duas cozinhas em casa, uma só minha

-Cozinhar sem invencionismo, mas com ingredientes requintados, diferentes, exóticos

-Fazer compras no Santa Luzia

-Saber que em São Paulo você encontra um pouco do mundo todo

-Passar uns dias na minha casa na Bahia, perto de Itacaré

 

Leia essa e outras matérias na Go’Where n° 93

Salvaguarda 2012: uma safra muito ruim

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O dono da Mistral, hoje a maior importadora de vinhos do Brasil, é um dos mais ferrenhos oponentes da salvaguarda proposta pelos produtores gaúchos contra os importados. Aqui, ele explica por que essa reivindicação pode ser um tiro no pé para quem trabalha com vinho no Brasil

Por Celso Arnaldo Araujo Fotos Mauro Holanda

O Brasil continua bebendo pouco vinho: duas garrafas por pessoa/ano, contra 40 dos franceses e italianos. Mas somos um mercado bastante sofisticado, não?

Sim, é um mercado bem definido e preparado para consumir muito mais vinho – se houvesse um preço mais acessível

É tudo uma questão de preço?

Sem dúvida. O poder aquisitivo do brasileiro é muito menor que o do americano, por exemplo, e os vinhos chegam aqui três vezes mais caros que lá. Esse sobrepreço é criado pelos impostos e pela burocracia.

Apesar da grita, os vinhos nacionais já não têm por 80% do mercado brasileiro?

Sim, porque 80% do consumo no Brasil é vinho de garrafão, exclusivamente nacional. Os 20% que sobram são o que mexe o mercado – e aí as proporções entre vinho brasileiro e importado podem se alternar. As importadoras fizeram um trabalho maravilhoso de divulgação, colocando os produtores em contato com o público. Mas o consumo não sobe por causa do preço. O que ocorre é uma migração interna entre as várias categorias de vinho, sempre dentro dos mesmos números. O mais frustrante é que, enquanto o brasileiro bebe duas garrafas de vinho por ano, toma 17 de cachaça e 25 de cerveja. Diante desses números, o consumo de vinho no Brasil ainda é ridículo.

Para os importadores, a palavra “salvaguarda” – reivindicada pelos produtores gaúchos – virou um palavrão. Por quê?

Porque essa é uma absurda e inacreditável falta de visão. Eles acreditam que, se não puder tomar uma garrafa de Borgonha, você vai automaticamente migrar para um vinho nacional. Mas quem criou o mercado foi o pequeno produtor de vinho importado – o château, o castelo, o monge, o papa, o príncipe. Tudo isso construiu a magia em torno do vinho. Essa visão distorcida, que enxerga um inimigo no vinho importado, tem vindo à tona, ciclicamente, há 20 anos, de forma mais ou menos acentuada, dependendo das lideranças do setor. Hoje, esse movimento está muito forte. Não reivindicam apenas aumento do imposto de importação mas também mais burocracia – que encarece o vinho tanto quanto o imposto.

Burocracia para trazer o vinho?

Sim e ela afeta só o produtor pequeno, porque, se você traz um milhão de garrafas, o custo da burocracia se dilui. O vinho leva uns dois meses para chegar ao Brasil depois da compra, mais uns 45 dias dentro do contêiner, em Santos – contra 24 horas nos Estados Unidos. Para quem usa contêineres refrigerados, como a Mistral, isso custa uma fortuna. Se forem contêineres comuns, há um risco enorme de o vinho estragar ou, no mínimo, perder qualidade. A burocracia não afeta em nada o produtor de alto volume e baixo preço. E é uma bomba-relógio para o pequeno produtor de baixo volume e alta qualidade.

Mais por que a palavra salvaguarda assusta mais do que aumento de impostos?

Porque ela representaria o fim de tudo de bom que existe no vinho no Brasil. Os pequenos produtores que eu trago para o encontro internacional da Mistral vêm aqui para vender mais vinho. Se não puderem vender mais, não vêm mais. Eu anuncio nas revistas pra quê? Pra vender mais vinho. Se eu não puder vender, não anuncio mais. Os sommeliers existem por causa da variedade de vinhos. Se for para oferecer meia dúzia de vinhos nacionais, acabarão os sommeliers. Perderíamos tudo o que conquistamos.

Mas em que consistiria essa salvaguarda, se fosse instituída?

Cotas de importação baseadas na média do que foi trazido em 2009, 2010 e 2011, menos um redutor x. Como a importação cresceu de um ano para a outro, seria uma redução brutal. A impossibilidade de crescer inibiria a divulgação do vinho no Brasil. Outro problema: o que você vai cortar? Sem dúvida, os vinhos de menor giro, de pequenos produtores, vinhos de butique. Sem eles, a cultura do vinho no Brasil ficaria muito prejudicada. É uma volta a 25 anos atrás – isto é, aos tempos da garrafa azul, do Corvo de Salaparuta, um ou dois Casal Garcia e meia dúzia de nacionais de multinacionais, e você não via nos restaurantes uma mesa bebendo vinho.

Não havia nem sommelier…

Aliás, sempre a conto a história de um jantar, em setembro de 1989, num restaurante recém-aberto na Avenida Cidade Jardim, o Tasting, que se dizia especializado em vinhos. A carta de vinhos era de fato muito boa para a época. Achei um único erro – um vinho anunciado com a uva errada. Chamei o maître e perguntei: vocês têm sommelier? Ele respondeu: “Não, senhor. Mas, se o senhor quiser, eu peço para o chef preparar…”. Veja como mudou o mercado. Corremos o risco de voltar para trás. O grande furo da ideia é que, sem poder beber um Barolo, você automaticamente pediria um vinho da serra gaúcha. Isso não é verdade. Vinho não é commoditie, é história, é cultura.

Em que pé está a questão?

Está em estudos no Ministério da Indústria e Comércio e espera-se uma decisão até setembro. Eu, pessoalmente, entendo que, do ponto de vista técnico, não há como a salvaguarda ser concedida. O risco é passarem por cima do parecer técnico e tomarem uma decisão política, que seria desastrosa, inclusive para a imagem do vinho nacional. Toda vez que não achar seu favorito nos supermercados ou nas cartas de vinhos, você saberá quem é o culpado.

Já há chefs importantes boicotando vinhos nacionais em seus restaurantes…

Sim, e de forma espontânea, o Alex Atala, a Roberta Sudbrack, por exemplo, tomaram essa decisão.

Fora isso, a Mistral vai bem?

Vai muito bem: a maior surpresa de minha vida foi a Mistral ter se tornado a maior importadora do Brasil em faturamento, mesmo sem vender para supermercados. Nunca tivemos planos de ser a maior – mas a melhor. Eu digo que a Mistral tem uma história monótona, sem sustos – em 20 anos, foi crescendo, crescendo, sem aventuras.

Você mesmo faz a seleção de todos os produtos do catálogo da Mistral?

Sim, mas no começo era muito mais difícil. Eu tinha pouco a oferecer. Hoje, os produtores nos procuram. A Mistral tem um grande prestígio entre os produtores: paga religiosamente em dia e fala a verdade. Essa relação de confiança é fundamental. Aliás, abri a Vinci porque todo produtor queria trabalhar comigo e eu não tinha como acomodar a todos na Mistral. Um exemplo clássico é o dos espanhóis Vega Sicilia e Mauro – este um produtor espetacular, premiadíssimo. Mas quando você tem um Vega Sicilia… O Mauro está na Vinci.

A Vinci é sua própria concorrente?

O objetivo da Vinci é ser a melhor importadora do Brasil. As duas competem até mais do que eu gostaria.

Todo empresário de rock tem o sonho de consumo de trazer o astro que nunca veio ao Brasil. No seu caso…

Bem, eu não pego produtor que esteja com outro importador – quando este nos respeita. De resto, meus velhos sonhos foram realizados: Vega Sicilia, Gaja, etc.

Qual é o perfi l da Mistral em termos de Novo ou Velho Mundo?

A Mistral acompanha as estatísticas do mercado, com uma diferença: o país que mais exporta para o Brasil é o Chile, o segundo a Argentina. Aqui, isso se inverte, porque temos o Catena, que é o maior nome da vinicultura argentina – sem que haja um segundo nome por perto. No resto, acompanhamos: Itália, França, Espanha e Portugal. Mas somos fortes também na África do Sul, Nova Zelândia.

Você bebe de tudo?

O que eu mais gosto no vinho é a variedade. Se você me perguntar se tenho um vinho preferido, não tenho. Se você insistir muito, eu vou dizer que, entre os brancos, os melhores são os borgonhas. Fora isso, gosto de variar de continente, de país, de estilo, de uvas

Alguma nova estrela no mundo dos vinhos?

Na Itália, os vinhos da região do vulcão Etna são uma surpresa, pois lembram muitíssimo os borgonhas. Na Espanha, volta e meia aparece uma novidade, como os vinhos de Bierza e, um pouco mais para trás, os do Priorato.

Como a crise europeia afeta os produtores?

A crise está muito feia, mas há dois tipos de produtores na Europa: os que exportam pesado e os que vendem muito nos países de origem. Estes é que estão muito mal. O mercado despencou. O restaurante não compra e, se compra, não paga. Os gregos particularmente estão sofrendo muito, assim como portugueses e espanhóis. Os produtores que vivem de exportação estão um pouco melhor.

O Brasil tem entusiastas que estudam e compram muito. Mas nas degustações o pessoal não está excedendo nas bobagens?

Acho que esse é outro grande inimigo do vinho no Brasil. As pessoas que estão se iniciando se assustam com o que ouvem nas degustações, com descrições de dezenas de aromas e gostos. Quem não consegue sentir nada daquilo acha que beber vinho é muito complicado e está acima de sua capacidade sensorial. Já ouvi gente dizendo que tinha sentido num vinho aroma de cassis pisado. Certamente nunca passou perto de um cassis pisado na vida.

A empolgação pelo vinho não faz o mercado brasileiro ser imune à crise?

Eu diria pelo vinho e pela gastronomia. Nossos restaurantes melhoraram muito e estão cheios, com muita gente bebendo vinho. Pena que beber vinho no Brasil seja ainda um hábito de ocasião – como estar num restaurante. O que falta é o consumo informal, em casa.

A Lei Seca afetou o consumo de vinhos?

Sem dúvida, inibe, mais no Rio – que é menor e tem muita blitz. Eu, pessoalmente, vou às degustações de táxi. E às vezes o táxi custa mais do que o vinho… A pé você não vai para não ser assaltado. O metrô fecha à meia-noite. Não há opções. E a Lei Seca brasileira, ao estabelecer tolerância zero, cometeu um erro estratégico. Nos Estados Unidos, há um limite de 0,9 mg/l, para ser respeitado – ninguém fica bêbado com 0,9 de álcool no sangue e o sujeito aprende a beber dentro dessa margem. Aqui, sendo zero, não há diferença entre não beber nada e beber tudo. Daí a violência de certos acidentes causados por pessoas totalmente embriagadas. Para esse motorista não haveria diferença em ser pego depois de tomar uma única taça de vinho ou tomar cinco garrafas de uísque – estaria fora da lei. Então, ele arrisca. É importante ressaltar que, para o setor de vinhos e de destilados, o bêbado não é um cliente que interessa, pois ele trabalha contra a imagem do produto. Aliás, não conheço nenhum bêbado de vinho…

Você é uma das poucas pessoas no Brasil que pode beber qualquer vinho, pois tem acesso a todos. Isso não cria um dilema?

Eu tenho uma casa de campo em Vinhedo – mera coincidência – onde passo os fins de semana. Minha mulher é uma grande cozinheira. Então eu pergunto a ela o que vai ter no no jantar e escolho o vinho. Isso reduz o dilema. Mas a verdade é que, pensando em comida, a escolha quase sempre recai em Velho Mundo. Para aperitivar, Novo Mundo. Mas, em geral, não tenho ansiedade. A única coisa que perdi quando deixei de ser consumidor comum para ser importador foi o prazer de comprar uma garrafa, trazer para casa, etc. Muita gente acha que importador vive viajando e bebendo muito – mas, de novo, a burocracia é brutal e desumana. Eu importo algumas outras coisas, como taças – e parece brincadeira de criança perto do vinho. Só o período em que um vinho fica parado no Porto de Santos encarece a garrafa em 30%.

Qual é seu vinho mais caro?

Importo umas 12 garrafas por ano do Château Petrus. Deve ser o mais caro. Mas não é a nossa praia – porque o preço desses vinhos de quatro, cinco mil dólares a garrafa já não têm uma relação direta com a qualidade, mas com a lei da oferta e procura. No caso dos Bordeaux, o preço tem a ver com a ascensão dos novos ricos. Por ter uma classificação bastante clara, com uma gradação de qualidade em categorias, e ter apenas um Château Lafite ou um Château Margaux, é muito simples escolher um Bordeaux. Por isso, é natural que o primeiro vinho que o novo rico compra é um Bordeaux. Isso ocorre muito com japoneses, russos e agora chineses – que desequilibraram completamente o mercado de Bordeaux. Eu mesmo parei de comprar os tops.

Seu paladar já está treinado para reconhecer para o resto da vida um grande vinho que você bebeu há 20 anos?

Há 20 anos, quando eu ainda era amador, cheguei a adivinhar vinhos em séries grandes. Por quê? Porque os vinhos eram muito diferentes uns dos outros. Hoje, com a “parkerização” (uniformização do mercado atribuída ao poder do crítico norte-americano Robert Parker, que dá suas melhores notas aos vinhos escuros e encorpados), os vinhos ficaram muito semelhantes, perdendo suas características regionais. Há alguns anos, escrevi um artigo na revista da Mistral sob o título “Parker´s sons disease”, a respeito dessa homogeneização. Percebi isso numa viagem que fiz com minha mulher. Da Espanha à Itália, tudo parecia ao gosto de Parker, escuro e encorpado. Nunca, em nenhum campo da atividade humana, um crítico teve tanto poder a partir de seu gosto pessoal. O dono de uma loja de Nova York me disse um dia que o maior problema da vida dele era o Parker. Explicou: “Os vinhos a que ele dá menos de 85 de nota eu não consigo vender; os que ele dá mais de 90 eu não consigo comprar…”. A verdade é que os vinhos evoluíram muito – mas à custa dessa uniformização. Agora, já há uma certa tendência à volta dos vinhos mais elegantes. Os dois estilos precisam conviver. Essa é a magia do vinho.

 

Leia essa e outras matérias na Go’Where Vinhos n° 5.

Cíntia Dicker: uma gaúcha de sucesso

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Além de linda e famosa, a modelo internacional Cíntia Dicker é a atual dona do coração do bom vivant Rico Mansur. O jogador de pólo e empresário, que contabiliza em seu currículo vários namoros com mulheres do mundo fashion, selou o noivado com a gaúcha de sardas e cabelos ruivos depois de cinco meses de namoro. Num papo sobre carreira, moda e beleza, GW tentou descobrir os segredinhos da moça para fisgar o coração de Mansur

Por Lilian Anazetti

Ela estava passeando num shopping em Novo Hamburgo (RS) quando foi descoberta por um olheiro. Ele a convidou para um teste em São Paulo, ela aceitou, e a partir daí tudo mudou na vida de Cíntia Dicker. Trabalhos internacionais, uma nova vida em Nova York, longe da família, e o glamour do mundo fashion. “Eu acho que o meu diferencial está no tom da pele e nos meus cabelos ruivos, que nunca tingi. Mas a personalidade da modelo também conta muito. É uma coisa marcante e que faz você cativar novos clientes”, diz ela. Cíntia nasceu em Campo Bom, no Rio Grande do Sul, e logo depois de revelada, aos 16 anos, já estava em Milão, na semana de moda. “Nunca me esqueço quando desfilei para a Gucci”. Logo em seguida ela fotografou para a Vogue italiana e brasileira. “Eu era muito nova e isso foi importante para mim. Os clientes começaram a me ver de outra forma”.

Às vezes sexy, às vezes menina, Cíntia é hoje uma mulher de 25 anos, segura de si e com um currículo invejável. Já desfilou para grifes como Anna Sui, Peter Som, Matthew Williamson, Lanvin, Dolce&Gabana e Victoria´s Secret. Fez campanhas publicitárias para Yves Saint Laurent, Benetton, magazine H&M, L’Oréal, Moschino, Cavalli e tantas outras marcas mundialmente famosas. “O olhar e a maneira como você se comporta diante das câmeras dizem se você está sexy ou não. Além disso, acho que a beleza natural, sem nada forçado, já é sexy por si só”.

Esse domínio das expressões, o conhecimento apurado do corpo, do estilo e da performance que se deve adotar a cada trabalho foram sendo aprendidos e moldados ao longo do tempo. Hoje, no auge dos seus dez anos de profissão, ela consegue estar em sintonia total com o que as grandes grifes desejam, por isso é uma das mais requisitadas do mercado fashion. “Quando comecei, nem sabia o que realmente era esse mundo da moda. Não conhecia modelos, nem nada. Fui sendo eu mesma e me conhecendo a cada trabalho”.

 

Gingado brasileiro: fórmula de sucesso


Mas, afinal, o que faz das brasileiras as modelos mais desejadas da atualidade? Para Cíntia, em primeiro lugar, a diversidade de estilos. “Temos ruivas, negras, loiras, morenas, isso é muito interessante para as marcas. Outra coisa é a sensualidade que a brasileira tem ao andar e fotografar, é uma coisa bem característica nossa. Isso é muito bem visto e apreciado no mercado da moda”.

Nesse meio de beldades, outro detalhe fundamental é o corpo. Cuidar da aparência é obrigação para um futuro rentável e brilhante. “Eu como de tudo, não abro mão de nada, mas, lógico, com moderação. Afinal, preciso do meu corpo para trabalhar. Moro em Nova York e faço tudo a pé, o que já ajuda bastante. Mas também malho numa academia. No verão, aproveito a piscina do condomínio. Outras coisas importantes são manter a pele bem cuidada, dormir bastante, beber muita água e sair de férias, porque isso te renova e te faz feliz. Uma modelo feliz, bem resolvida, tem uma energia diferente, que faz as pessoas gostarem de trabalhar com você”. Muito exigente consigo mesma, Cíntia está sempre se aperfeiçoando. Para ela, é a experiência de vida que vai despertando essa vontade de ser – e estar – cada vez melhor. “Eu gosto de ver minhas fotos, assistir aos desfiles, porque sempre acho que posso melhorar. É nesses momentos de análise que consigo perceber o que faltou, o que ainda pode ficar melhor. Esse senso crítico e exigências vêm com o tempo de profissão”.

Pensando em estar sempre radiante, mesmo longe dos flashes, ela revela um dos seus hobbies preferidos. “Amo comprar maquiagens, sou fascinada, mesmo não sabendo me maquiar”. Ainda sobre beleza, ela não esconde que adora fazer as unhas no salão, massagens e dedicar um tempo a seus creminhos diários. “São fundamentais para a beleza da pele”.

O casamento com Rico

Será que esses truques ajudaram na conquista do coração de Rico Mansur, o bon vivant com fama de namorador? Os dois se conheceram em Nova York há seis meses, numa festa de Halloween, e logo engataram o namoro. O pedido de casamento veio em seguida, acompanhado de um anel de diamante em forma de coração. “Ainda não marcamos a data, mas já estou me organizando para ficar mais tempo em São Paulo. Quero um lugar fixo. Minha vida é um pouco complicada, porque viajo quase toda semana a trabalho para um lugar diferente no mundo. Já a vida dele é no Brasil; tentamos estar juntos sempre que podemos”.

Voltando aos motivos que fizeram o empresário e jogador de polo desejar levá-la ao altar, Cíntia os define numa só palavra: afinidade. “Viramos amigos e descobrimos muitas coisas em comum. Aí tudo aconteceu naturalmente. Ele é uma pessoa muito carinhosa, cuidadosa, me manda flores onde eu estiver”. Depois de trocar o apartamento que dividia com as amigas em NY por um cantinho só seu, de optar por ficar em casa curtindo um bom filme, a ir a baladas, Cíntia parece estar vivendo um momento de grande serenidade. “É bom quando tudo vai bem, carreira, amor. Estou tranquila, sim, e muito feliz”.

A top Cintia Dicker (Prime Talents) Fotografada por André Schiliró, Edição de Moda: Dudu Farias Beleza: Krisna Carvalho Tratamento de imagem: Tiago Rocha Realização: Dinho Batista

Leia essa e outras matérias na Go’Where n° 93

Emanuela de Paula: nossa Baby Angel

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A top brasileira Emanuela de Paula, nascida em Pernambuco, vem despertando o interesse das maiores grifes internacionais. Aos 23 anos, acaba de se tornar uma das Baby Angels da Victoria´s Secret e estará na capa da próxima edição da revista Elle italiana. No Brasil, ela também está com tudo e vai estrelar a campanha da Forum, verão 2013. Em entrevista a Go’Where, Emanuela revela alguns de seus segredos para encantar o mundo fashion

Por Lilian Anazetti

Emanuela está radiante e com razão. Acaba de renovar seu contrato com a marca britânica NEXT (a loja de departamentos mais importante de Londres) e fechar contratos para os desfiles da Água de Coco, Adriana Degreas e Fórum no Brasil. Também vai ilustrar a capa de agosto da revista italiana Elle, com fotos tiradas na praia do Arpoador. Tanto sucesso começou lá atrás, há cerca de sete anos, quando ela foi considerada por Anna Wintour, a lendária editora da Vogue America, a modelo da temporada. Foi quando começaram a acontecer os trabalhos mais importantes da sua carreira. “Desde pequena eu sonhava em ser modelo. Então, comecei a participar de cursos em Recife e de alguns concursos de beleza. Quando tinha 15 anos, conheci o Paulo Borges numa semana de moda no Shopping de Recife e ele me indicou para uma grande agência de São Paulo. A partir daí, as coisas começaram a acontecer”, conta a modelo.

Logo depois de ser contratada para o cast dessa agência, Emanuela foi para NY e assinou contrato com a Marilyn Agency. “Acho que o grande lance aconteceu quando fotografei um editorial de 10 páginas, sozinha, com o Michael Thompson. Aí não parei mais de trabalhar”, conta a modelo, nascida em Cabo do Santo Agostinho, em 1989.

O mais importante

A beleza cor de jambo, com a marca do sertão nordestino, conquistou o mundo fashion – e sua fama, “importada” de NY, chegou ao Brasil. Em pouco tempo, grifes importantes, como Alexandre Herchcovith, DKNY, Tommy Hilfiger, Sephora, MAC, Hush Puppies, GAP, Rosa Chá, Blue Man e Trudys quiseram Emanuela em suas campanhas. A jovem também fotografou para capas e editoriais de revistas igualmente importantes no mundo da moda: Vogue, W, Marie Claire (Brasil, America e Itália), French Magazine, Allure, Elle (America), Glamour, Giant Magazine, MAG, Trace Magazine, GQ, Status. “Considero como um dos meus trabalhos mais importantes a campanha de maquiagem que fiz para Victoria´s Secret. Despertou a curiosidade em muitos clientes de moda por ser uma brasileira, isso foi muito legal”.

Há seis anos, Emanuela vive em Nova York. Ultimamente, quando sobra um tempo livre, ela curte reunir os amigos, sair para dançar, fotografar – sua mais recente paixão – e, claro, namorar. A modelo está noiva do argentino Gaston Levy, que mora no México. “Sinto falta da minha família e da comida brasileira. Mas a vantagem de morar fora é a segurança, a liberdade de fazer tudo andando sem me preocupar”.

Mas afinal, qual a razão de tanto sucesso? “Acho que o tom da minha pele e os traços mais afilados chamaram a atenção do mercado internacional. Eles adoram as brasileiras exatamente por essa multiplicidade de estilos e pela simpatia”, justifica Emanuela.

Vaidosa, mas sem excessos, ela confessa que parou de comer chocolate para manter a forma e que evita usar maquiagens quando não está trabalhando, para a pele descansar. “Amo castanhas e amêndoas, por isso sempre tenho na bolsa uns pacotinhos. Quando estou no Brasil me dou ao luxo de comer doces e jujubas”. Além da dieta, Emanuela pratica corrida. “Cuido bastante da minha cintura para não marcar as roupas. A corrida é fundamental para isso”. Sobre tendências para o verão, nada melhor do que consultar a modelo mais requisitada ultimamente e pedir algumas dicas básicas. “Fundamental ter no armário os vestidinhos soltos e as saias justinhas. As estampas brasileiras também chegam com força, assim como os tons metalizados, as cores cítricas, os shortinhos esportivos e coletes”.

 

Leia essa e outras matérias na Go’Where n° 94


Minha mãe, minha amiga

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Ser mãe é um momento único na vida de qualquer mulher. O corpo passa por transformações e a vida dá um giro de 360° – as prioridades mudam e os filhos passam a ser o centro das atenções. Pedimos a seis lindas mamães para contarem como é a relação com os filhos.

Por Malu Bonetto e Zilda Brandão

Fotos: Daniel Cancini e Wellington Nemeth

Foto: Viridiana Brandão.

“Quando a gente é mãe, somos coadjuvantes da própria vida já que os filhos estão sempre em primeiro lugar”
Patricia Maldonado, mãe de Nina e Maitê

Quem vê a jornalista no comando do Primeiro Jornal, da TV Band, ao lado de Luciano Faccioli, não imagina que ela acorda às 4:30 da manhã e que em muitas noites acaba não conseguindo dormir por causa da inquietação das duas filhas – frutos do seu casamento com o apresentador Guilherme Arruda. “É difícil acordar muito cedo, mas amo meu trabalho e preciso dele pra ser feliz também. Mas vendo o lado bom das coisas: com esse horário, volto cedo pra casa e fico bastante tempo com elas.” E é nesta hora que os ela aproveita para levar as meninas ao teatro, cinema, parques e descobre novas atividades interessantes para fazer com elas.
“A relação entre as duas é como de qualquer irmão, de amor e muito ciúme. Mesmo porque elas são muito diferentes: Nina, hoje com dois anos e oito meses, é mais parecida fisicamente comigo e mais agitada e irritadinha como eu. Já a Maitê, um ano e dois meses, é a cara do pai e calma como ele”, derrete-se Patricia.
Para as mulheres que ainda tem dúvidas sobre ser mãe, Patrícia mando o recado: “se há dúvida é porque a pessoa não esta preparada e, nesse caso, nem deveria tentar engravidar, pois é preciso ter muita certeza do que quer e saber que ser mãe é maravilhoso, mas dá trabalho!”

“Ser mãe é aprender diariamente a rir e chorar com os filhos, é participar 100% da vida deles”
Elaine Mickely, mãe de Luna e Luigi

A atriz Elaine Mickely, casada com o apresentador César Filho, exibe uma silhueta de deixar qualquer mulher com inveja, principalmente ao lembrarmos que ela tem dois filhos – Luna (12 anos) e Luigi (9 anos) -, e que engordou, em média, 25 kg em cada gestação. “Acredito que por ter engravidado muito jovem, ter optado por sopas líquidas e sucos após a liberação médica com certeza contribuíram para eu voltar a boa forma de maneira rápida.” Mas ela também conta um segredinho: “quando as crianças completaram um mês, comecei a usar cinta modeladora com tecido emborrachado para recuperar minha forma antiga.”

Elaine revela que sempre sonhou em ser mãe, mas não imaginava que isso iria acontecer tão cedo. “Mas logo que eles nasceram parecia que eu exercia esse papel há muito tempo, é uma sensação inexplicável mesmo porque me tornei mais madura em todos os sentidos.” Com três anos de diferença entre eles, os filhos de Elaine e César são muito amigos, mas é claro que rolam aquelas briguinhas… “Mas poucos minutos depois eles já estão brincando como se nada tivesse acontecido”, diverte-se a mãe, que consegue conciliar muito bem a carreira de atriz com ser mãe. “Minha vida e meus horários são moldados pelo deles e o momento mais feliz do meu dia é quando estamos juntos vendo um filme, na piscina, brincando, andando de bicicleta e até cantando no videokê.”

“Ser mãe mudou totalmente minha rotina, agora não faço nada sem pensar nelas antes!”
Laura Wie, mãe de Sophia e Lívia

Quando se fala em maternidade, Laura Wie é categórica ao dizer que sempre quis ser mãe e que essa experiência completa uma mulher. Mãe de duas meninas – Sophia (14 anos) e Lívia (10 anos) -, a repórter do Programa Amaury Jr., da Rede TV!, diz que elas têm a mesma maneira de pensar e a ética que a loira herdou da sua mãe. “Trocamos informações, estudamos juntas sempre que o assunto envolve a área de humanas e compartilhamos os mesmos objetivos de vida e futuro. Elas me ensinaram a ter mais tolerância, paciência e a entender que nunca mais na vida terei controle das minhas coisas ou horários”, conta Laura. Ela conta ainda que costuma brincar que aprendeu a viver com a imperfeição, já que é bem difícil que suas filhas mantenham a casa, ou melhor dizendo, seus quartos arrumados como a própria Laura gostaria.

Apesar do ritmo das gravações do programa, Laura sempre arranja um tempo na agenda para curtir as duas, seja nas compras no final na tarde ou em um jantar no restaurante que elas adoram! “Durante os sábados o programa favorito da turma é passar o dia no Lady Fina, Café que abri há um ano e meio. Já aos domingos, gosto de levá-las em exposições, mas de vez em quando ficamos literalmente só jogados em casa, curtindo a preguiça e vendo um bom filme.”

“Educar é uma arte, uma tarefa constante que exige muita dedicação”
Eliandra Mendes, mãe de Felipe e Carolina

Quem olha para Eliandra Mendes, executiva do mercado financeiro com especialização em Finanças pela Georgetown University e Expansão Cognitiva pela Harvad University, não imagina que ela seja daquelas mulheres que acompanham de perto o dia a dia da família. Sempre muito linda e elegante, ela sabe como ninguém supervisionar o lar e dispensa toda a atenção necessária aos filhos. É uma grande companheira e amiga. Mas quando dizemos companheira, é par valer mesmo, tanto que procura ser o mais participativa possível em todos os esportes praticados pelos filhos Felipe (12 anos) e Carolina (17 anos).

Felipe adora futebol, basquete, lutas e esquis na neve e no mar, além de tocar guitarra. Carolina tem como hobby tocar violão, ler, andar de bike, correr, praticar equitação e esquiar na neve.

Orgulhosa da prole, Eliandra diz que sua relação com os filhos é muito enriquecedora e que eles conversam muito sobre temas como religião, educação, saúde, cultura, política, Direitos Humanos, meio ambiente… “Desde pequenos eles têm seus pontos de vista e são informados do que está acontecendo no mundo”. Ela também conta que eles a admiram e a respeitam como profissional, já que sabem o quanto ela gosta e se realizo com o trabalho.

“Abri mão de muita coisa para acompanhar o crescimento dos meus filhos”
Regina Giacomelli Politi, mãe de Simone, Fernanda, Guilherme e Ricardo

Psicóloga conhecida por seu trabalho com casais e famílias, Regina Giacomelli Politi é daquelas mães que realmente sabem como usar a psicologia na criação dos filhos – ela tem quatro!

Apelidada de mãe coruja pelos filhos Simone (18 anos), Fernanda (20 anos), Guilherme (23 anos) e Ricardo (25 anos), Regina sempre teve como prioridade em sua vida se dedicar a eles, tanto que renunciou a muitos projetos profissionais para se acompanhar de perto o crescimento da prole. “Eu me orgulho dos meus filhos!

Eles são extremamente educados, inteligentes, gentis e grandes companheiros. Minha grande alegria é a excelente formação escolar deles com responsabilidade no trabalho e suas posturas.”

Para Simone, sua mãe é a amiga de todos os momentos, sempre muito companheira e disposta a ajudar. Fernanda concorda e ainda afirma que a mãe está presente em todos os momentos em que ela e seus irmãos precisam. “Ter uma mãe como a minha é um privilégio. Ela é muito dedicada, atenciosa, elegante e ótima psicóloga”, elogia Guilherme. Já Ricardo – que não participou da foto pois estava em um compromisso de trabalho -, fez questão de mandar uma mensagem pelo celular para fazer sua singela homenagem à mãe: “ela é exemplo de dedicação, amizade, companheirismo e, sobretudo, sempre está cheia de amor para nos dar”.

“Meus filhos são uma dádiva de Deus e sou muito feliz por isso”
Maria Eugênia Dickerhof, mãe de Oliver, Stephanie e Rodrigo Guilherme

Exemplo de elegância e charme, Maria Eugênia dedica seu tempo ao trabalho e aos filhos Oliver (29 anos) e Stephanie (26 anos), do primeiro casamento, e Rodrigo Guilherme (12 anos), do atual casamento com um empresário proprietário de uma corretora de valores.

Dona da rede de salões de beleza Shades Studio e da representação no Brasil da conhecida marca austríaca Wolford, especializada em body e lingeries de luxo. “Meus dois filhos mais velhos trabalham comigo e procuro ensinar a eles a honestidade e a dedicação para obterem sempre sucesso na carreira. Não me intrometo na vida deles, mas estou sempre participando de tudo que fazem, mesmo que seja de longe. Viajamos muito juntos e, recentemente, estivemos em Aspen. Eles são uma dádiva de Deus e sou muito feliz por isso”, completa Maria Eugênia.

A admiração que ela sente dos filhos é totalmente recíproca. “Minha mãe é um exemplo de dedicação e amor, procuro sempre seguir seus passos”, comenta Stephanie. O filho Oliver diz que, como todos os filhos, às vezes, tem uma briguinha com a mãe, mas é tudo passageiro. “Minha mãe é um grande exemplo em minha vida. Igual a ela, só ela mesmo que nos dá muito amor, carinho e atenção”, diz o rapaz. Já o caçula Rodrigo Guilherme diz que a mãe é sua grande amiga. “Ela é minha segunda professora, me ajuda nos deveres da escola e me acompanha em tudo que faço, sem contar que me mima muito.”

* Maria Eugênia veste Lanvin e sapatos Sérgio Rossi.

Leia essa e outras matérias na Go Where edição 98.

Carol Ribeiro: gata.com.br

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Aos 33 anos, a top paraense continua brilhando como supermodelo. Agora, o desafio da também apresentadora é fazer sucesso com licenciamento de produtos e conquistar o público da internet

Por Cibele Carbone
Fotos Renan Cristofoleti
Styling Myrna Nascimento
Coordenação Sidney Osiro
Make/hair Fábio Nogueira
Tratamento de Imagem Edson Guberovich

Dona de uma beleza bem brasileira, a top model internacional Carol Ribeiro continua na ativa. “Claro que meu ritmo diminuiu, mas viajo muito para o exterior para fotografar catálogos de moda”, conta a musa do estilista Tom Ford, que a apontou como sua queridinha quando estava à frente da Gucci. Foi justamente nessa época, quando ela ainda tinha 20 anos, que Carol ganhou fama no mundo inteiro. Atualmente, mora no Brasil e concilia a concorrida agenda de top com as atribuladas funções de empresária (na área de licenciamento de produtos com o seu nome), apresentadora (está trabalhando no projeto de um novo programa na TV) e mãe (Carol, casada há 16 anos com o empresário Paulo Rego, é mãe de João Pedro, 9). Diz estar numa excelente fase profissional e pessoal. “Agora, meu objetivo é fazer a manutenção de tudo o que conquistei até agora”, diz a top, que ainda encontra tempo para atualizar seu blog (http://blogcarolineribeiro.blogspot.com.br/) e postar fotos no Instagram.

Você foi uma das tops brasileiras de mais sucesso da sua geração. Como foram esses anos no universo da moda? Muitos desafios, muita alegria?

Acho que esse lance do sucesso acontece muito de você ter um padrinho, alguém que acredite em você. Uma das pessoas que apostou em mim foi um produtor de desfiles que me levou para o Tom Ford. Passei a fazer as provas de roupa para ele, estar nos desfiles e aí começou aquela coisa de as pessoas perguntarem “Quem é aquela modelo nova no desfile da Gucci?” Mas aí eu já tinha 19 anos e comecei a carreira com 15… O começo foi bem difícil. Depois vivi anos excelentes, cultivei ótimas amizades, com a Ana Claudia Michels, a Talytha Pugliese, a Mariana Weickert… Foram três anos batalhando até começar a brilhar… Pois é… Mas costumo dizer que as coisas foram demoradas, mas rápidas ao mesmo tempo. Fui para Nova York depois de três anos de carreira e, quando cheguei, não consegui trabalho. Só depois de muitos nãos apareceu um sim… E foi logo na primeira coleção. O lado bom é que a gente acaba aprendendo a lidar com os “nãos” e nos tornamos nossa própria psicóloga. Depois de cada não, eu sempre parava para analisar o porquê da coisa e compreendendo que o trabalho não era para o meu perfil, esse tipo de coisa. Isso ajuda a não desanimar.

Muitas modelos não se achavam bonitas quando crianças porque eram muito magras e altas. Você também?

Eu era muito alta para os padrões de Belém… Mas não lembro de passar por grandes dramas. É claro que tinha algumas encanações típicas dos 15 anos – não usava salto por me achar muito alta, tinha a roupa certa para sair que não me deixava tão magra…

Como surgiu o convite para virar modelo?

Eu fazia balé e, um dia, um produtor de Belém me convidou para participar do concurso da Elite Models. Fiz a etapa de Manaus, vim para São Paulo competir no Elite Models Brasil, passei para a etapa mundial e fui para a Coreia, mas não fui classificada… Só que aí já embarquei para o Japão e comecei a fazer um trabalho atrás do outro.

Por que acha que ainda é muito requisitada para trabalhar mesmo com 33 anos?

Eu costumo dizer que não existe o “Ah, parei.” Enquanto as pessoas me chamarem para trabalhos, continuo. Eu só acho que a carreira de modelo termina cedo dependendo das escolhas que a pessoa faz e como cuida da sua imagem.

Em que momento decidiu ir para TV?

Eu estava voltando de Nova York e apareceu um casting na MTV. Passei e comecei a apresentar um programa de namoro, que durou um ano. Depois fui para Nova York para fazer o IT MTV, que tinha um formato diferente, era na rua e com entrevistas só de gente nova da área de música, cultura, artes… Depois o programa passou a abordar mais o universo da moda. No ano passado, voltei a viajar pela América do Sul com o IT para mostrar a história de pessoas e locais diferentes. Essa é a parte que eu mais gosto, a de fazer esse garimpo de gente interessante.

Como foi, de repente, se ver com um microfone na mão, falando com milhares de jovens?

No primeiro ano fiquei nervosa porque o programa era eu, ali, sem roteiro algum… Depois fui me acostumando. Agora, quanto ao fato de falar com jovens, acho que temos de ser o mais natural possível, falarmos a nossa verdade. Eu sempre buscava personagens interessantes para mostrar para os jovens, o IT tinha a missão de mostrar coisas boas.

O seu contrato com a MTV acabou no final do ano passado. Está negociando um novo programa?

Tenho um projeto meu para a TV e estou correndo atrás para que dê certo e estreie no ano que vem. Mas também estou investindo na área de licenciamento de produtos. Já tenho uma linha de semijoias com o Hector Albertazzi e participei de tudo, até do design das peças. Agora vou lançar, em breve, uma coleção de sapatos e estou participando de todo o processo para que os produtos fiquem com a minha cara.

Agora que você é praticamente uma empresária da moda, como vê o momento atual da moda brasileira?

Eu vejo que o mercado está crescendo e com mais oportunidades. Mas a grande dificuldade que escuto é que aqui no Brasil a gente não tem grandes magazines, como a Macy’s ou a Harrod’s, para revender as grifes. Aqui, as marcas têm de ter suas próprias lojas para levar o produto aos clientes, o que torna tudo mais difícil. Agora, capacidade, material, mente e criatividade, o Brasil já tem. O que falta é o mercado estar pronto para absorver tudo isso. Mas acho que essas mudanças só vão acontecer a longo prazo.

Você é uma pessoa fanática por compras?

Já fui muito consumista, adorava comprar bolsas e sapatos.

Lá pelos meus 19 anos, quando fazia todos os desfiles, eu comprava muito. Hoje, sou bem mais comedida.

Sei que você é ligada nas mídias sociais. O que acha dessa febre de looks do dia nos blogs, no Instagram…

Eu tenho um blog, mas só coloquei umas duas vezes o look que estava usando no dia – quando fui ao escritório e o pessoal de lá tirou a foto para postar. O incrível é que esses foram os posts de mais acesso até hoje. Para mim, esse lance de ver o que as pessoas estão usando, que todas estão com a mesma bolsa, o mesmo sapato, gera um efeito contrário do que na maioria das pessoas. Eu acabo deixando de querer aquele acessório porque tá todo mundo igual.

Mas as meninas querem ser iguais às blogueiras…

É como na televisão, as pessoas querem comprar aquilo que elas estão vendo. Eu acho válido tudo isso porque a moda real acaba tendo mais espaço e as roupas ficam mais acessíveis com o surgimento do fast fashion. As leitoras gostam dos looks do dia porque é como se fosse um editorial de moda, só que virtual e com pessoas reais. Isso acaba gerando uma identificação mais fácil da mulher com a blogueira. Agora, a única coisa que acho uma pena aqui no Brasil é que todo mundo ainda se veste muito igual, coisa que não acontece em Londres e Nova York, por exemplo. Lá, as pessoas conseguem passar a sua identidade pela roupa.

Por falar em internet, você é daquelas mães que vigiam o que filho vê na rede?

Claro, eu fico de olho. Mas o João não é um menino muito ligado na internet. Ele tem Instagram e Facebook, mas sou eu quem cuida. Ele também não aceita ninguém sem eu ver. Não dá para proibir esse tipo de coisa porque todos os amigos dele também estão no mundo virtual.

Como é sua relação com o João? Ele já tem noção de que a mãe é mundialmente famosa?

A gente é muito grudado, fazemos tudo junto – eu, o João e o Paulo. Por outro lado, ele já está naquela idade em que não pode nem dar beijo ou tchauzinho na porta da escola. Quanto ao fato de ser famosa, ele não tem muita noção disso, é bem tranquilo. As amiguinhas do João é que são mais ligadas e falam que me viram em tal lugar, num programa de TV. Mas acho que essa relação que a criança tem com a fama depende muito de como o adulto age, é a gente que define como eles vão lidar com isso.

Você já conquistou tudo o que as pessoas costumam desejar: uma carreira de sucesso, um casamento feliz e um filho maravilhoso. Qual o seu grande sonho agora?

Ah, é conseguir fazer a manutenção disso tudo. Quero ser cada vez mais feliz, fazer novos trabalhos… O foco é esse, não deixar a roda parar de girar!

 

Michella Cruz: ao estilo Jolie

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Semelhança com atriz americana

Uma das modelos brasileiras de maior destaque no exterior, Michella Cruz é conhecida como a Angelina Jolie brasileira, por sua aparência.

 

Made in Brazil

Ela diz que gosta da comparação, pois considera a atriz uma mulher incrível e, por isso, se sente lisonjeada quando dizem que são parecidas.

 

Campanhas importantes

Michella já estrelou grandes campanhas publicitárias, entre elas a do perfume Her Secret, da marca italiana Byblos e Maria Valentina.

Marco Antônio de Biaggi: um luxo!

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O hairstylist das estrelas

Com 27 anos de carreira, ele já produziu cabelos para mais de mil capas de revistas e é o responsável pelo look de nove entre dez famosas

 

Pelo mundo afora

Apaixonado por viagens, Marco Antonio ama viajar e gosta mais ainda de desfrutar de todos os mimos que cada local pode proporcionar

 

Queridinho da internet

Ele é um dos profissionais com o maior número de seguidores: são mais de 200 mil no Instagram, 250 mil no Twitter e 100 mil no Facebook

Patrícia Bonaldi: a musa dos bordados

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Estilista renomada

A mineira de 32 anos, que conseguiu se destacar no concorrido universo da moda, é a queridinha das celebridades.

 

Do Brasil para o mundo

A estilista exporta suas peças para grandes lojas, como a inglesa Harrods e a espanhola El Corte Inglés, famosas no cenário fashion.

 

Peças que agradam

Os vestidos da profissional são feitos para que as mulheres se sintam únicas: com tecidos nobres e aplicações em pedraria. Um luxo!

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